DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
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Dia 685 a 690 depois do fim
AURORA
A mão de Aaron toca meu ombro gentilmente.
— Acho que deveríamos voltar. Estamos fora há dias.
Confirmo com um aceno. Não é justo mantê-lo longe de Eric por tanto tempo enquanto procuramos minha família.
Aaron tem me acompanhado nas buscas, ele não me deixou sair sozinha. Deanna não ficou muito contente quando soube que eu pretendia estar aqui fora, disse que não me queria em perigo. Mas eu me mantive firme em minha decisão. Não descansarei enquanto não tiver respostas sobre o paradeiro da minha família, sejam elas negativas ou positivas. Amy também está fazendo suas buscas na companhia de Noah. Dividimos a região e cobrimos uma área maior assim. Espero que tenham tido mais sorte.
Aaron e eu voltamos para o carro e ele dirige de volta para a comunidade. Puxo minhas pernas para o banco e deito a cabeça nos joelhos, meus olhos vagando pela paisagem. A natureza está tomando seu espaço de volta. Plantas crescem para todo lado, enfeitando construções e até carros abandonados.
Assim que chegamos a Alexandria, ajudo Aaron a descarregar os suprimentos que encontramos e me despeço ao acabarmos. Ficamos na casa de Aaron e Eric durante os primeiros dias de adaptação, mas Deanna nos deu uma casa só nossa. Amy, Kiara e eu moramos juntas agora, enquanto Noah se acomodou em um dos apartamentos vagos da rua de trás. É mais perto da casa de Deanna e Reg, e o garoto está aprendendo a arte da arquitetura, então ele preferiu ficar por lá.
— Finalmente! — Amy abre um sorriso enorme quando me vê entrar na sala e corre para me abraçar. — Achei que tinha sido devorada ou algo assim.
Beijo seu rosto e me afasto para ver se ela está mesmo inteira.
— Quando você e Noah chegaram?
— Ontem. Não demos muita sorte — torce os lábios, chateada. — E pela sua cara...
Deixo minha mochila no sofá e desfaço o nó do cabelo.
— Não encontramos nada.
Amy esfrega meu braço e dá um sorriso encorajador.
— Não vamos desistir.
Devolvo seu sorriso, tentando passar a mesma confiança, e caminho em direção à cozinha, onde Kiara está ocupada. Ela veste uma blusa enorme e sua barriga arredondada se destaca.
— Oi, Kia.
Ela se vira com um sorriso e aceita meu abraço.
— Eu já estava preocupada.
Acaricio a lateral de sua barriga de leve, recebendo um chute forte como resposta. Kiara geme de desconforto.
