CAPÍTULO 30

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Dia 51 depois do fim

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Dia 51 depois do fim

AURORA

Estamos na estrada há alguns dias. A sensação de estar em movimento o tempo todo é meio inquietante e incomoda, mas não chega a ser insuportável. Só paramos algumas vezes para atender às nossas necessidades ou vasculhar algum lugar que parece promissor, como um mercado ou uma farmácia. Ainda temos um bom estoque de alimentos e suprimentos médicos, mas nunca é demais.

Os carros vão parando um atrás do outro, há um acidente bloqueando a pista e não conseguiremos passar. Saímos todos. Apenas Lori, Carol e as crianças permanecem em seu carro.

— Vamos empurrar esses carros que estão atrapalhando a passagem. — Rick aponta. — Shane, Glenn, T-dog, Daryl e Edwin, ajudem, por favor. O restante pode voltar para os carros, logo estaremos prontos para continuar.

Amy solta uma risada ao meu lado. — Fomos descartadas, não é?

— E viva aos machões — digo, vendo os bonitos arregaçarem as mangas para fazer o trabalho pesado. — Vamos dar uma olhada naquelas lojas ali, pode ter algo interessante. — Aponto para o outro lado da rua, onde há várias construções antigas geminadas.

— Não vão deixar a gente ir.

— Não vamos pedir. — Me aproximo da janela do carro onde Lori está e abro um sorriso para ela. — Se o Rick perguntar, estamos lá.

Lori arqueia as sobrancelhas.

— É melhor ficarem no carro, Aurora.

— Voltamos logo. — Mando um beijo e ela suspira, mas sei que não vai insistir.

— Toma cuidado, está bem?

— Sim, senhora.

Corro até meu carro e pego uma mochila quase vazia. Amy e eu atravessamos a rua de fininho, há uma fileira de árvores entre as duas pistas que impede os rapazes de nos verem.

Vamos até uma lojinha de fachada escura, meio desleixada, há mato brotando entre as rachaduras no concreto da calçada, e a porta de vidro está fechada. Pego a arma conferindo se ainda tenho balas, tem quatro, mas espero não precisar usar. Com a faca empunhada, abro a porta lentamente, não faz barulho algum. Dou uma olhada para trás só para ver se Amy está comigo. Ela segura sua faca e mantém o olhar atento para o interior do lugar.

— É um bar — diz.

— Um bar de motoqueiros, eu presumo.

Deixamos a porta aberta para o caso de precisarmos sair depressa e adentramos mais o lugar. Há um balcão extenso que contorna três cantos do bar, além das mesas solitárias de madeira escura. As prateleiras estão abarrotadas de bebidas, e no balcão, além da camada grossa de poeira, há copos usados e garrafas de álcool. Os pôsteres de bandas ou frases sem sentido chamam a atenção, além dos inúmeros quadros de fotos em uma das paredes, a maioria é de homens em motocicletas, todos vestindo roupas pretas e acessórios metálicos. Achei bacana.

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