Dia 54 depois do fim
AURORA
— Obrigada pela ajuda — Carol diz.
Seco as mãos no guardanapo ao acabar de lavar a louça e sorrio para ela.
— Sem problemas. O jantar estava ótimo.
— Leva para o Daryl, ele não deve ter jantado ainda. — Carol me estende uma tigela fechada e uma colher.
— Boa noite, gente.
— Boa noite, menina. — Dale acena do quarto.
Deixo o trailer com a tigela nas mãos e caminho em direção ao cantinho do Dixon. Carol preparou o jantar e o chamou para comer no trailer, mas acho que Daryl ainda não gosta muito de agrupamento. Ele está sentado em um tronco, em volta de uma pequena fogueira.
— Carol mandou seu jantar.
Ele ergue os olhos.
— Eu disse que não queria.
Sento-me ao lado dele.
— Comeu algo?
— Não estou com fome.
— Andou o dia inteiro, não comeu nada e não está com fome? — Ergo uma sobrancelha, ele balança os ombros. — Santo Deus, que homem difícil!
Ele pega o pote, colocando ao seu lado, e me puxa para o seu colo.
— Tem lugar mais confortável para você sentar do que esse tronco — ele me diz, sua voz soando baixa e rouca.
Esse homem está perdendo toda a vergonha.
— Ai, Dixon... — Nego com a cabeça, rindo.
— Isso foi um convite — esclarece.
Me ajeitei no colo dele, cruzando as pernas em cima de seu outro joelho.
— Nossa, mas você tá bem galanteador hoje, né?
— Quem não cozinha não come.
Inclino a cabeça para trás, rindo.
— Isso não faz o menor sentido, Daryl!
— Não precisa fazer sentido desde que funcione. Está funcionando?
— Definitivamente, não.
— Vou ter que apelar para outros meios? — Daryl sorri de um jeito sugestivo.
— Eu adoraria ver você tentar.
Ele estala a língua e agarra minha nuca. Me beija de um jeito muito, muito, mas muito bom. Sabe aquele beijão de cinema que rola a maior química, que é tão real que até quem está assistindo fica sem ar? Ele me beija assim, só que muito melhor. Se tivesse um prêmio pra categoria "melhor beijo do fim do mundo", a gente ganharia numa boa.
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Save Me
Fiksi PenggemarDARYL DIXON | +18 Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...