CAPÍTULO 39

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Dia 55 depois do fim

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Dia 55 depois do fim

A manhã no campo é muito diferente da manhã na cidade. Há os galos cantando, o céu que parece mais azul do que de costume, o clima gelado, mas gostoso, aquela sensação de que o nascer do dia nunca foi tão lindo.

Aurora despertou. Ouvia os passarinhos cantando lá fora e a luz do sol iluminava a barraca. O Dixon ainda dormia, tinha os braços fortes ao redor dela, mantendo-a junto a si. Ela se remexeu e virou de frente para ele, observando o rosto adormecido. Apesar de estar dormindo como uma pedra, Daryl não parecia totalmente relaxado.

Com delicadeza, ela subiu uma mão até o cabelo do homem, tirando as mechas castanhas da testa dele. Notou que estavam maiores desde a primeira vez que o vira e que tinham perdido aquele meio tom mais claro, não entendia o porquê, mas o cabelo dele estava escurecendo. Escorregou os dedos pela face masculina, contornando a barba rala e clara, passando a ponta dos dedos pelos lábios macios.

Daryl se mexeu e logo abriu os olhos. Aquele mar azul encarou Aurora, ainda sonolento. Ela fez um carinho na bochecha dele e colou seus lábios em um breve selar.

— Bom dia — desejou ao se afastar.

— Bom dia — a voz de Daryl saiu rouca e preguiçosa.

Aurora se aconchegou no peito quente e puxou mais a coberta para cima. Daryl apertou os braços ao redor dela e deixou um beijo demorado em seu cabelo, não evitando inspirar o aroma agradável dos fios.

— Preciso levantar. Vamos planejar a busca hoje — ele falou.

— Ainda está muito cedo. Ninguém levantou.

— Como sabe, moça?

— Escuta... — Aurora disse. — Viu? Silêncio absoluto, só os passarinhos cantando.

— Bom, mas eu vou levantar mesmo assim. Quanto mais cedo sair, melhor. — Ele foi saindo de debaixo da coberta, fazendo com que Aurora sentisse falta do calor de seu corpo.

Ele se levantou e passou os dedos entre os cabelos. Vestia apenas a calça jeans grossa e surrada. Aurora o observou se espreguiçar, os músculos do peito e dos braços flexionando-se.

— Vou precisar da blusa, é a última limpa — disse.

— Eu dormi com ela, então não está mais limpa.

Ela empurrou a coberta com os pés, ficou de joelhos e começou a abrir os botões da camisa. Um por um, até que o tecido escorregou pelos ombros, expondo os seios. Daryl a observava, os olhos apreciando cada movimento.

— Suor de mocinha nem faz cócegas — disse ao pegar a camisa.

Aurora sorriu e se deitou de bruços, a bunda empinada. Daryl não conseguiu evitar a língua deslizando pelo lábio, apreciando a bela visão da mulher seminua deitada em sua frente. Havia o cabelo castanho desalinhado, as costas nua, a cintura perfeita, a calcinha lilás enterrada no traseiro avantajado, as lindas coxas e os pés que balançavam no ar. Era uma verdadeira visão inspiradora.

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