DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dia 41 depois do fim
DARYL
— Aurora Fisher — Merle diz com satisfação. — Se deu bem, irmão.
— Se não calar a boca, vou chutar sua fuça.
Ele ergue as mãos e ri da minha cara.
— Não vai nem me dizer se ela é boa?
— Merle!
— Você é bem sem graça, Daryl.
— E você é desnecessário. — Viro para ele. — Se cuida lá na cidade.
— Não se preocupe comigo, irmãozinho. — Merle dá tapinhas em minhas costas. — Cuida da minha cunhadinha, falou?
— Deixa comigo. — Esboço um sorriso, meus olhos presos na mulher que passou a noite comigo.
Aquela mulher loira, com quem Aurora conversava, passa por nós com um sorriso estranho e deseja bom dia, para depois voltar para onde Aurora espera.
— Essa daí não bate muito bem das ideias. — Merle acha graça.
Logo ele se despede e parte com o grupo que vai para Atlanta. Não gosto de pensar no meu irmão se arriscando na cidade, mas sei que ele ficará bem. Apesar de não ser a melhor pessoa do mundo, Merle sabe se manter vivo.
— Te encontro na trilha — digo ao passar por Aurora.
Ela balança a cabeça e sorri.
Me afasto para a trilha e encosto em uma árvore. Acendo um cigarro e espero a madame aparecer.
Os minutos se arrastam, mas nenhum sinal dela.
Impaciente, jogo o cigarro na terra e piso em cima. Pensei em deixá-la para trás, mas suspiro e volto para o acampamento.
— O que está procurando, garoto? — O velho em cima do trailer pergunta ao me ver olhando de um lado para o outro.
Penso em mandá-lo cuidar de sua vida, mas me contenho.
— Viu a Aurora?
Ele ergue uma sobrancelha.
— A garota saiu faz uns minutos, disse que ia procurar frutas.
Balanço a cabeça e sigo de volta para a trilha. Encontro o rastro de Aurora e o sigo com pressa. Finalmente entendo porque não nos encontramos. Ela saiu da trilha.
Ouço o grito antes de encontrá-la. A cena que vejo me deixa apavorado. Uma morta está em cima de Aurora, quase conseguindo alcançar seu rosto. Acerto a flecha no crânio da morta e corro até lá, empurrando o corpo podre para o lado.
Quando vejo que Aurora está bem e não tem nenhum machucado, enfim consigo respirar aliviado.
Seu rosto está vermelho. Xingo-me mentalmente por pensar que até chorando ela fica bonita.