CAPÍTULO 94

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Dia 607 depois do fim

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Dia 607 depois do fim

DARYL

Fecho o último botão da minha camisa preta e ajeito as mangas, pegando o colete estendido na cadeira e o vestindo em seguida. Um sorriso involuntário surge no meu rosto ao olhar para a mulher adormecida no meio da cama. Seu corpo está coberto apenas pela blusa de alcinhas e uma calcinha pequena que deixa sua bunda ainda mais gostosa.

Me inclino na cama apoiando uma mão no colchão e toco seu rosto com a outra, afastando o cabelo desgrenhado.

— Aurora — chamo, suave. — Meu bem?

Ela resmunga e abraça meu travesseiro. Está dormindo tão profundo que fico com pena de acordá-la tão cedo. Mas é inevitável. Temos uma saída em meia hora, combinamos de ir com Merle e Janine a uma loja em uma cidade próxima.

Passo o polegar delicadamente pela sobrancelha escura, observando seu rosto adormecido. Seus olhos, que meses atrás estavam fundos e escuros pelas olheiras, agora estão suaves. Ela parece descansada, tranquila. Depois de todos esses meses envolta por uma nuvem escura, assim como eu, Aurora finalmente parece ter se encontrado outra vez. E se ela está bem, eu também estou.

— Por que está me encarando? — pergunta, a voz arrastada. Seus olhos castanhos abrem preguiçosamente e ela sorri. — Admirando minha beleza logo cedo, senhor Dixon?

É incrível que, mesmo depois de quase dois anos, eu ainda sinta meu peito vibrar de excitação quando ela me chama assim. E o meu "garota" continua na ponta da língua, em uma mistura de repreensão por sua postura atrevida e adoração pela forma que as palavras saem de seus lábios.

— Você é uma garotinha muito convencida.

Suas mãos possessivas vêm para a minha camisa, puxando-me para cima dela e encaixando-me entre suas pernas nuas.

— E você é louco por essa garotinha aqui — diz para mim, em uma clara provocação.

— Sou mesmo. — Seguro seu queixo adorável entre meus dedos, colocando um pouco mais de pressão que o normal. — Principalmente quando está com a cara toda babada e com remela nos olhos. Essa visão me deixa insano.

Ela bufa e empurra meu peito. Rio da sua cara de insatisfação.

— Pelo menos eu tomo banho todos os dias — retruca. — Sou uma pessoa cheirosa.

Jogo um sorriso em sua direção.

— Um de nós tem que pensar no bem do planeta e economizar água.

Ela revira os olhos e enterra a cabeça no travesseiro.

— Temos que sair em vinte minutos — aviso.

— Uhum.

Minha mão ganha vida própria ao ver sua bunda empinada e descoberta, e acerto um tapa ardido no traseiro redondo. Aurora solta um grito abafado e levanta a cabeça, fuzilando-me com seu olhar.

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