Dia 637 depois do fim
AURORA
Judith está com dificuldades para dormir. Ela já devia estar na cama há horas, mas não adormece de jeito nenhum.
— Vamos lá, querida. — Rick a balança com carinho. — Você precisa descansar.
Ela gruda os dedos em sua barba e dá um sorrisinho sapeca.
— Deixa eu tentar.
Ele me entrega a bebê, que faz um bico insatisfeito. Ela adora ficar puxando essa barba do pai dela.
— Minha garotinha está cansada, não está? — Deixo um beijinho em seu nariz. — Está morrendo de sono e logo vai dormir.
Rick ri da minha cara.
— Palavras de afirmação funcionam com você?
— Toda tática é valida. — Dou um sorriso derrotado para Judi, sabendo que só vai parar de resistir ao sono quando bem entender. — Tão pequena e faz o quer das nossas vidas.
— Ela sabe que é adorada por todos.
Ele boceja longamente. Seus olhos estão cansados, assim como sua expressão. O trabalho no campo é pesado e ele passa o dia todo lá.
— Vai descansar, você acorda cedo amanhã.
— Não vou te deixar cuidando dela sozinha.
— Posso dormir até tarde, você não — eu o lembro. — Vai lá, eu dou conta dessa mocinha.
— Tudo bem.
Ele beija minha testa e depois a da Judith, deseja boa noite e sai da cela. Subo na cama com cuidado e coloco a bebê sentada no colchão. Pego o medalhão na caixinha da prateleira e abro, sorrindo para a foto da minha irmã.
Judi engatinha para o meu colo, se aconchegando em minhas pernas e tentando pegar o medalhão com suas mãozinhas curiosas.
— Essa é sua mamãe Lori — aponto, mantendo o cordão longe de seus dedinhos. — Ela era muito bonita, e acho que você vai se parecer com ela.
Beijo sua cabeça e inspiro seu cheirinho de neném. Ela ergue os olhos espertos para mim e balbucia.
— Mam — mesmo enrolado, consigo entender a palavra. — Mama.
Um sorriso emocionada surge no meu rosto e eu abraço apertado, contra sua vontade. Ela continua repetindo e eu nem me importo quando enrola os dedos babados no meu cabelo.
— Mamãe — digo, olhando-a com um sorriso. — Você também pode estar falando mamá, porque quer comer, mas vou me iludir achando que é mamãe.
As covinhas fofas aparecem quando ela sorri, achando tudo muito divertido, e eu me derreto.
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Save Me
FanfictionDARYL DIXON | +18 Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...