DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
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Dois anos e alguns meses antes do fim
Aurora Fisher acabava de deixar o apartamento do ex-noivo, Spencer Monroe, com a cena nojenta se repetindo em sua cabeça. A mulher montada em Spencer, nua, os gemidos, a traição. Seu coração estava despedaçado.
Nunca deixava ninguém fazer parte de sua vida. Nunca permitia que as pessoas se aproximassem. Mas com Spencer foi diferente.
Ele chegou com seu sorriso bonito e suas promessas vazias. E Aurora via nele um pacote completo. Casamento, filhos, uma casa grande com cerquinha branca. A segurança, o amor, a rotina. Talvez não fosse muito saudável, mas se inspirava na vida que a irmã mais velha havia construído. Queria algo como aquilo, um lar, uma família para chamar de sua.
E Spencer era perfeito. Bonito, gentil, carinhoso, e também queria seguir o plano da vida; namorar, noivar, casar, ter filhos e envelhecer juntos. O que ela não imaginava era que ele seria um grandíssimo filho da puta.
Aurora não era idiota. Logo percebeu o que estava acontecendo. Podia simplesmente fingir que não sabia, fechar os olhos, mas essa não seria ela. Então foi atrás. Pegou o noivo no flagra, com o pau, literalmente, enfiado em outra mulher.
Aquilo doeu, porra, doeu mesmo.
Ela confiou em Spencer. Entregou seu imaculado coração a ele. E ele, como o garotinho mimado que era, o amassou e jogou na lata de lixo. Como se ela não fosse nada.
Mas ele estava errado. Aurora era tudo.
E ela nunca aceitaria aquilo. Nunca o perdoaria. Então o deixou. Sem dúvidas, sem receio, sem medo. Apenas o deixou.
Entrou em seu carro e só então chorou. Dirigiu por horas em lágrimas. Não só pela traição, mas por todo o futuro perfeito que tinha perdido.
Parou o carro em frente a uma casa e saltou para fora, andando depressa até a entrada.
Tocou a campainha e logo uma mulher abriu. Usava apenas uma camiseta e os cabelos estavam desgrenhados.
— Shane, tem uma garota chorando na sua porta! — ela gritou, encarando Aurora de cima a baixo.
— Como assim? — O homem se aproximou. Assim que viu Aurora, ele se assustou. — Vem aqui, meu bem.
Envolveu os ombros dela e a puxou para dentro da casa. Colocou Aurora sentada no sofá e a abraçou. Deixou que ela chorasse em seu peito, enquanto contava entre soluços o que tinha acontecido.
— Eu vou matar esse filho da puta — ele falou com raiva. — Quem ele pensa que é pra fazer isso com você?
Estava prestes a levantar, mas Aurora o segurou pela camisa.
— Eu já resolvi, está bem? Só precisava conversar. — Passou as mãos no cabelo e olhou ao redor, procurando a mulher. — Cadê a moça que estava aqui?