CAPÍTULO 92

4.8K 511 149
                                    

Dia 591 depois do fim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dia 591 depois do fim

AURORA

Tivemos que entrar na cidade para procurar um carro em bom estado. O bairro onde morei com minha família estava repleto de armadilhas, como Rick nos avisou, mas não havia sinal de Morgan, o homem que o ajudou no começo de tudo e que parece ter perdido a sanidade com o tempo, transformando a cidade em sua fortaleza. Daryl e eu não encontramos ninguém na cidade, apenas alguns mortos vagando.

— Acho que ele morreu — comento, enquanto passamos as coisas da caminhonete para o porta-malas do carro.

— Ou foi embora.

Balanço a cabeça, tentando ser otimista também. É por causa de Morgan que Rick sobreviveu depois do coma e conseguiu nos encontrar, por isso desejo que ele esteja vivo e seguro em algum lugar do país.

Daryl fecha o porta-malas e beija a lateral da minha cabeça brevemente.

— Vamos para casa.

Assim que entramos no carro, ele liga o rádio e coloca o mesmo cd que escutamos na caminhonete. Dou um sorriso, feliz por ele lembrar de pegar. Ele dá partida e logo estamos entrando na rodovia, vejo a cidade ficando para trás pelo retrovisor.

Ainda me lembro do caótico dia que deixei a cidade com Lori, Carl e Shane. Tudo estava confuso, não sabíamos com precisão o que havia acontecido. Estávamos arrasados com a "morte" de Rick e receosos por não saber o que viria a seguir. O dia em que o caos se instalou parece ter acontecido em outra vida.

Um morto se arrasta na lateral da estrada, parece estar com a perna quebrada. Um calafrio passa pelo meu corpo. A vida sempre foi frágil, mas agora é ainda pior. Um arranhão, uma mordida... e seremos um deles.

Olho para Daryl.

— Não quero acabar assim.

Ele alcança minha mão e aperta meus dedos.

— Você não vai.

— Mas se acontecer...

— Não vai — fala, firme. — Eu não vou deixar. Vou cuidar de você e te manter segura, como prometi há muito tempo.

Um calor se espalha pelo meu peito e eu estremeço com a veracidade de suas palavras. Olhando em seus olhos azuis tão sinceros, tenho a certeza de que ao lado dele sempre estarei protegida. Nada pode me ferir.

Sorrio para ele e faço uma promessa silenciosa de que nada vai feri-lo também. Eu não permitirei.

...

Ao chegarmos no portão da prisão, Carl corre para abri-lo. Daryl estaciona o carro e descemos, sendo recebidos por alguns pares de olhos aliviados.

— Tia! — Carl envolve seus braços em minha cintura, e eu o abraço com força. — Vocês demoraram.

Save MeOnde histórias criam vida. Descubra agora