DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
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12 dias antes do fim
A casa dos Grimes estava silenciosa naquela manhã, o clima tenso e pesado perpetuando durante o desjejum.
— Mas hoje não é domingo! — Carl resmungou. Um prato com panquecas acabava de ser colocado em sua frente.
— Achei que fosse gostar de panquecas hoje, querido — Lori respondeu, despejando mais uma quantidade de sua massa embolotada na frigideira.
— Suas panquecas horríveis não vão melhorar o humor de ninguém — disse a mulher do outro lado da cozinha.
Lori se virou com um olhar cansado. — Você não veio pra me apoiar, Aurora?
Aurora levantou os olhos para a irmã. — Desculpe.
Lori balançou a cabeça, indicando que não tinha importância. Assim como ela, sabia que sua irmã mais nova estava abalada com o acidente recente de Rick. E além de abalada, Aurora também se culpava por passar tanto tempo longe de sua família. Lori não imaginou que, quando ligasse contando que Rick tinha sido baleado, Aurora dirigiria a noite toda para ficar perto da família. E quando sua irmã chegou e a abraçou, Lori desabou pela primeira vez desde que soubera do incidente.
— Liguei para o hospital, o Dr. Benson vai me arranjar uma vaga — contou Aurora. Enquanto se alimentava, olhava os exames de Rick espalhados pela bancada da cozinha.
— O que achou? — Lori se inclinou sobre o ombro da irmã.
— Os exames estão ótimos.
— Então por que ele não acorda? — Lori, que não entendia nada de medicina, estava confusa.
Aurora olhou seu relógio de pulso, não podia se atrasar, o diretor do hospital estava lhe fazendo um grande favor em lhe conceder uma vaga de última hora. Deixou o chá de lado e começou a recolher a papelada.
— Rick sofreu um trauma, Lori. O corpo dele precisa se recuperar — disse e se virou dando de cara com a irmã. — Pense que ele está reiniciando, como um computador, e precisa de tempo para o sistema voltar ao que era antes.
— Mas ele vai acordar, não vai? — A voz de Lori falhou, ela temia a resposta.
Aurora abraçou a irmã com carinho.
— Tudo indica que sim — disse. — Mas não farei uma promessa vazia. O quadro de Rick é estável e no momento os exames estão bons. Só resta aguardar.
O corpo de Lori estremeceu e Aurora percebeu que ela estava prestes a chorar. Com um beijo no rosto, a irmã mais nova se despediu. Não lidava bem com choro alheio, nunca sabia o que dizer ou fazer. Foi até seu sobrinho e deu um beijo demorado em sua bochecha.
— Você vai acordar meu pai, tia Aurora? — Carl perguntou, esperançoso.
Aurora abriu um sorriso suave para ele. Nunca mentiria para uma criança, mas também não podia ser dura e dizer a verdade.