CAPÍTULO 17

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(Esse capítulo contém cenas +18 com detalhes, não leia se não for do seu agrado

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(Esse capítulo contém cenas +18 com detalhes, não leia se não for do seu agrado.)


Dia 40 depois do fim

Quando Daryl pediu que Aurora ficasse, não sabia muito bem o que esperava. O fato é que o caçador sumiu no mato por três dias, e ao invés de se sentir em paz, ficou ainda mais perturbado.

Não conseguia esquecer os lábios quentes da enfermeira, a língua atrevida que se enrolava na sua, nem o sabor único que a boca dela tinha. Se lembrava da pele macia, do calor que emanava do corpo dela, de como a sensação da pele dela na dele o enlouqueceu a ponto de desejar tomá-la ali mesmo, naquela cachoeira.

Sua paz fora roubada. E a ladrona era uma mulher de um metro e sessenta, cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Nada antes havia tirado sua paz, nem mesmo os infectados.

Não ajudou muito quando Merle se juntou a ele na caçada. O irmão mais velho não parava de falar bobeiras, enquanto Daryl tentava se concentrar nas lembranças claras e vívidas daquela manhã.

— Se for ficar calado, é melhor eu ir dormir — a voz suave e um tanto irritadiça soou.

Ele apenas olhava para ela. Pensava que era esquisito o jeito que ela ficava ainda mais bonita com seu rosto banhado pela luz alaranjada que as chamas projetavam. A mulher o encarava esperando algo dele, mas não era como se Daryl tivesse planejado uma conversa em sua cabeça.

Vamos lá, não é tão difícil assim. Só diga algo.

— Não me contou que foi até a cidade — disse a primeira coisa que veio na cabeça, algo que Merle comentou mais cedo.

Daryl soube que Glenn saiu para uma busca, mas não imaginava que tinha levado Aurora junto.

Como deixaram essa mulher, um ímã para problemas, se meter em uma cidade tomada por mortos? Que tipo de pessoa tem uma ideia dessas? Só pode ser coisa do japonês!

Daryl não parava de imaginar todo tipo de situação em que ela poderia ter se ferido ou até pior.

— Ah, é que você vive metido da floresta — disse Aurora, bem humorada. — E quando está aqui, essa sua cara de Dixon possuído não me permite tentar falar algo.

O caçador arqueou uma sobrancelha.

— Dixon possuído?

— É, essa cara que você sempre faz. Dá um pouco de medo — tentou soar séria, mas acabou sorrindo.

Não era verdade, Aurora nunca sentiu medo da cara fechada do caçador. Às vezes tremia um pouco quando ele estava intimidante demais, ou quando aqueles olhos azuis lhe encaravam repentinamente. Mas medo? Isso não.

Achava até excitante o jeito que Daryl parecia estar alheio a tudo que não lhe interessava, até a forma rústica e discreta como se movia. Nada lhe amedrontava nele. Quase tudo lhe atraía, na verdade. Menos quando Daryl preparava os pobres animaizinhos para serem assados. Fingia não ver o caçador naqueles momentos. Preferia ficar com a imagem sexy do homem com sua besta nas costas ou a expressão de satisfação que ele fez quando ela se esfregou em seu colo.

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