Dia 52 depois do fim
AURORA
A sensação do vento chicoteando meu cabelo e refrescando minha pele é deliciosa. Meus braços circulam a cintura de Daryl, me mantendo colada a ele. Ele guia a moto tranquilamente, as mãos segurando o guidão e os braços fortes tensionados. Deito a cabeça em suas costas e aperto mais sua cintura.
— Está com sono? — sua voz soa abafada pelo ruído da moto.
— Não, mas a minha bunda está dolorida.
— Mais alguns quilômetros e fazemos uma parada.
— Estou adorando o passeio — grito, levantando o rosto para vê-lo. — Aposto que está amando me ter agarradinha em você desse jeito.
Ouço sua risada.
— Eu não, parece um carrapato.
— Nossa, Daryl! Você sabe mesmo como tratar uma garota — resmungo, lhe dando um beliscão fraco na barriga.
Ele se contorce e segura minha mão.
— Segura firme! — manda.
Olho para frente, vendo alguns mortos espalhados pela estrada, perto de um acidente de carro. Daryl contorna pelo acostamento e o restante do comboio faz o mesmo. Volto a deitar o rosto em suas costas, enquanto ele mantém sua mão cobrindo meus dedos. E isso fez com que eu me sinta mais segura.
O céu azul cheio de nuvens branquinhas, a velocidade, o vento... Isso me traz uma sensação gostosa de liberdade. Queria congelar esses bons momentos, pois nunca duram o bastante.
— Merda! — Daryl resmunga, chamando minha atenção.
Inclino o rosto para o lado, vendo o motivo da chateação. A rodovia está abarrotada de carros. São tantos automóveis abandonados que não consigo ver nada mais adiante.
Daryl dá meia volta e dirige até parar ao lado do trailer.
— Viu alguma passagem? — Dale pergunta.
Daryl faz um gesto com a cabeça, indicando que o sigam, e volta para a estrada. A moto desliza entre os carros, guiando o comboio entre os vãos estreitos.
— Não podemos fazer o retorno e achar outro caminho? — questiono.
— Não temos combustível para isso.
Um barulho alto chama nossa atenção. O trailer está com problemas. Daryl estaciona a moto e eu salto para o asfalto, meu traseiro agradecendo o alívio. Ele vem logo em seguida.
— Está armada? — Daryl pergunta.
— Sim.
— Não se distraia, pode ter um desses mortos entre os carros.
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Save Me
FanfictionDARYL DIXON | +18 Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...