CAPÍTULO 31

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Dia 52 depois do fim

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Dia 52 depois do fim

AURORA

A sensação do vento chicoteando meu cabelo e refrescando minha pele é deliciosa. Meus braços circulam a cintura de Daryl, me mantendo colada a ele. Ele guia a moto tranquilamente, as mãos segurando o guidão e os braços fortes tensionados. Deito a cabeça em suas costas e aperto mais sua cintura.

— Está com sono? — sua voz soa abafada pelo ruído da moto.

— Não, mas a minha bunda está dolorida.

— Mais alguns quilômetros e fazemos uma parada.

— Estou adorando o passeio — grito, levantando o rosto para vê-lo. — Aposto que está amando me ter agarradinha em você desse jeito.

Ouço sua risada.

— Eu não, parece um carrapato.

— Nossa, Daryl! Você sabe mesmo como tratar uma garota — resmungo, lhe dando um beliscão fraco na barriga.

Ele se contorce e segura minha mão.

— Segura firme! — manda.

Olho para frente, vendo alguns mortos espalhados pela estrada, perto de um acidente de carro. Daryl contorna pelo acostamento e o restante do comboio faz o mesmo. Volto a deitar o rosto em suas costas, enquanto ele mantém sua mão cobrindo meus dedos. E isso fez com que eu me sinta mais segura.

O céu azul cheio de nuvens branquinhas, a velocidade, o vento... Isso me traz uma sensação gostosa de liberdade. Queria congelar esses bons momentos, pois nunca duram o bastante.

— Merda! — Daryl resmunga, chamando minha atenção.

Inclino o rosto para o lado, vendo o motivo da chateação. A rodovia está abarrotada de carros. São tantos automóveis abandonados que não consigo ver nada mais adiante.

Daryl dá meia volta e dirige até parar ao lado do trailer.

— Viu alguma passagem? — Dale pergunta.

Daryl faz um gesto com a cabeça, indicando que o sigam, e volta para a estrada. A moto desliza entre os carros, guiando o comboio entre os vãos estreitos.

— Não podemos fazer o retorno e achar outro caminho? — questiono.

— Não temos combustível para isso.

Um barulho alto chama nossa atenção. O trailer está com problemas. Daryl estaciona a moto e eu salto para o asfalto, meu traseiro agradecendo o alívio. Ele vem logo em seguida.

— Está armada? — Daryl pergunta.

— Sim.

— Não se distraia, pode ter um desses mortos entre os carros.

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