CAPÍTULO 20

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Dia 41 depois do fim

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Dia 41 depois do fim

AURORA

A manhã passa lentamente. Ajudo com as tarefas do acampamento e passo um bom tempo auxiliando as crianças com as atividades que Lori e Carol preparam. São coisinhas simples, mas eles demoram um pouco para aprender. Sou paciente e explico com calma. As crianças dos Morales raramente ficam com a gente, os pais preferem tê-los sob sua atenção.

Em um momento da manhã, o ruído do rádio chama nossa atenção. Amy está mais perto e tenta falar com a pessoa.

— É um homem, disse que está indo para Atlanta — ela explica.

Shane tenta contato novamente para avisar que Atlanta caiu, mas não há resposta. Ele e Lori discutem sobre mandar alguém colocar placas na estrada e minha irmã sai irritada e Shane a segue.

— Acho que sua irmã tem um caso com o Shane — Amy sussurra para mim.

— Calada — sussurro de volta.

— Você já sabia.

— Claro que sim, é minha irmã.

— E você contou pra ela sobre o Daryl?

— Não. — Solto uma risada desanimada. — Tecnicamente não tenho que contar pra a Lori, já que ela não me contou nada do Shane. Eu que descobri. Além de que ela já tem muitas coisas para lidar.

— Você sabe o que faz, mas acho que ela vai ficar chateada se descobrir sozinha. — Ela se levanta. — Vou pegar cogumelos, quer vir?

Faço que sim.

— Dale, pode ficar de olho na duplinha furacão? — peço, olhando para cima do trailer.

— Deixa comigo!

Amy e eu seguimos para dentro da mata conversando baixo e parando para colher cogumelos quando achamos. É fácil falar com ela, e nossas conversas tornam os dias mais agradáveis. Nunca pensei que faria uma amiga como a Amy, principalmente no fim do mundo.

Na verdade, eu não era muito aberta a amizades. Sempre me senti muito exposta quanto a isso. Mas com a Amy é fácil e eu me sinto confortável.

— Aurora! — Ela me empurra para o chão e enfia a faca na cabeça do morto que saía da floresta, bem ao meu lado.

Fico assustada e me coloco de pé com sua ajuda.

— Desculpe, acho que me distraí por um segundo.

Um só momento de distração e quase fui atacada. Andar pela floresta está ficando cada vez mais perigoso.

Amy sorri e pisca para mim. — Eu te protejo.

Aperto sua mão com gratidão. — E eu protejo você.

— Acho que já está bom de cogumelos — ela diz.

Voltamos para o acampamento conversando sobre os mortos estarem aparecendo com mais frequência perto do nosso refúgio. Isso é bem preocupante. Talvez tenhamos que nos mudar em breve, ir para um lugar mais elevado.

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