DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
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Dia 658 a 660 depois do fim
Amy não sabia mais o que fazer. Estava entrando em desespero, o que ia contra sua natureza controlada. Já havia enfiado anti-inflamatórios goela a baixo, apostado em banho frio e também compressas.
Mas Aurora não melhorava.
A febre estava alta. Tão alta que seu corpo fervia. Estava pálida como um fantasma e gemia pelas dores que o resfriado causava em seu corpo. Não saía da cama fazia dois dias, desde que voltou de uma saída que fez com Noah para checar a antiga comunidade dele, que infelizmente não havia resistido. Pegaram uma chuva pesada na volta.
O rapaz deu sorte e só teve alguns espirros, enquanto Aurora parecia ter sido atropelada por um caminhão de toras de madeira.
— Não sei mais o que fazer. — Amy entrou na sala desolada, encontrando Kiara e Noah. — Ela só piora.
— Acho que agora só podemos esperar — Kiara falou com pesar.
Ainda estavam na casa de campo. O lugar se mostrava seguro até o momento. Nenhum infectado por perto, nem outras pessoas.
Amy tentava se lembrar dos chás que Aurora fazia para os moradores da prisão quando tinham um resfriado, mas não conseguia. Sua função era a de vigia, então não ficava muito na enfermaria, exceto se fosse o turno de Edwin e ela quisesse passar um tempo com ele.
A noite caiu e Amy passou horas ao lado da cama da amiga, checando sua temperatura de hora em hora e certificando-se de que ainda estava respirando.
Tudo que conseguia pensar, era que não podia perder Aurora.
Quando perdeu Andrea, Amy sentiu seu mundo desabar. A dor era tão profunda, que tudo parecia irrelevante perto do buraco em seu peito. E se perdesse Aurora, também perderia o que lhe restava de sanidade. Aurora era seu norte.
Ela segurou a mão quente de Aurora entre as suas e a beijou.
— Você vai ficar bem, Rora.
Amy acabou dormindo com o tronco debruçado na cama. Quando despertou na manhã seguinte, encontrou um par de olhos amendoados observando-a. Aurora parecia exausta, mas forçou um sorriso.
— Acho que estou morrendo. Tem até um anjo no meu leito de morte.
Amy riu, mesmo com os olhos marejados.
— Você não perde a graça nem quando tá na merda, né?
Aurora riu e teve uma crise de tosse que não parecia ter fim.
...
Dois dias depois, Aurora parecia um pouco melhor. Já conseguia se sentar e comer sozinha, e a febre havia baixado. Ainda sentia o corpo dolorido e sua garganta doía, mas tinha certeza de que estaria inteira em breve.