CAPÍTULO 103

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Dia 660 a 663 depois do fim

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Dia 660 a 663 depois do fim

AURORA

Achei que minha cabeça ferrada pelo resfriado estava me pregando uma peça, mas era real. Aaron era real. Percebi isso quando acordei e estava deitada na sala da casa de campo, com Aaron me chamando. Kiara estava ao meu lado, encarando Aaron com desconfiança.

Eu me sentei depressa no sofá e abracei Aaron o mais forte que consegui, temendo que ele desaparecesse. Mas ele não desapareceu. Nem naquele momento, nem horas depois quando Amy e Noah voltaram para casa e surpreenderam-se com a presença de um estranho. Acho que Amy só não atirou em Aaron porque eu consegui dizer a tempo que ele era o amigo de quem eu havia comentado há muito tempo.

Aaron nos contou sobre Alexandria, mostrou fotos. Parecia um lugar seguro, exatamente o que procurávamos. Ele nos deixou por um momento, para que pudéssemos discutir. Eu confiava em Aaron, apesar de ter se passado tanto tempo e as coisas terem mudado. Eu não conseguia imaginar uma realidade em que Aaron não fosse honesto e generoso.

Partimos para Alexandria na manhã seguinte, em um trailer que Aaron havia estacionado perto dali. Ele contou que esteve nos observando e quando finalmente decidiu nos abordar, Amy e Noah saíram. Ele ficou surpreso quando me viu.

— Pensei que estivesse morta, que bom que me enganei — ele falou logo que acordei, enquanto eu o abraçava.

— Eu quis tanto te encontrar no meio desse caos.

Tive que tomar outra dose de anti-inflamatórios e dormi por longas horas, durante todo o caminho até Alexandria. Quando acordei, estava em uma cama macia, entre lençóis limpos e cheirosos. Eric acariciava meu cabelo. Eu mal podia acreditar.

Agora, depois de dois dias em Alexandria, finalmente consigo ficar em pé sem sentir que minhas pernas vão ceder a qualquer segundo. Estive descansando a maior parte do tempo desde que chegamos, mas agora me sinto bem o bastante para sair da cama e conhecer a casa e o lugar. Também quero saber como Noah e as meninas estão se adaptando.

— Você saiu da cama! — Amy vem ao meu encontro quando apareço na cozinha, onde todos estão reunidos em volta da ilha, desfrutando de um café da manhã que parece delicioso. — Como você tá? Ainda se sente tonta? E a garganta?

Eu a abraço com força, grata por tanto cuidado e preocupação. Ela esteve cuidando de mim desde que adoeci, há quase uma semana. Nunca na vida fiquei mal por tanto tempo. Cheguei a pensar que morreria.

Sacanagem ter passado por tudo isso para morrer por causa de um resfriado.

— Me sinto saudável outra vez. Obrigada por tudo.

A loira segura meu rosto entre suas mãos e sorri.

— Você é minha irmã, lembra? Eu cuido de você quando estiver na merda. E sei que faria o mesmo por mim.

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