DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dia 384 depois do fim
AURORA DIXON
Gosto de pensar que esse momento de paz vai durar por muito tempo. Há uma partezinha minha que não acredita nisso, mas tento não dar ouvidos a ela. Depois de tudo que passamos, acho que mereço me iludir um pouco. Então vou acreditar que a prisão se manterá segura e que estaremos protegidos dentro de suas cercas.
Mas é claro que não podemos esquecer que o caos se encontra do lado de fora e que está à espreita, esperando o momento perfeito para nos tragar. Não podemos nos acomodar demais, ou seremos devorados.
Gosto de pensar que sou sortuda. Eu perdi pessoas que amava, mas essa é a parte ruim. A parte boa, é que outras pessoas que amo ainda estão vivas. Considerando que muita gente está sozinha nesse mundo, posso me considerar com sorte. Tenho um marido que me ama e faria qualquer coisa por mim. Estou gerando uma filha. Tenho minha sobrinha, Judith, minha filha do coração. E Carl, Sophia, Rick... Todos os meus amigos, a quem tanto amo. Essa é a parte boa.
Pensar em tudo que ainda tenho, me ajuda a não desmoronar por tudo que já perdi.
Assim que saio do bloco, depois de passar um tempo conversando com Maggie e Glenn, o que vejo ilumina meu dia.
A figura alta e loira está a alguns metros de mim, tirando caixas do porta-malas de um carro.
— Ei! — chamo, abrindo um enorme sorriso. Ela se vira e sorri ao me ver. — Você está em casa!
Amy vem até mim com pressa. Dou passos largos para acabar com a distância entre nós. Nos encontramos em um abraço quente, confortável e muito bem-vindo. É como se algo se encaixasse, algo importante.
— Estou. — Ela beija meu rosto e se afasta um pouco, me analisando. — Suas bochechas estão enormes. — Dou risada. — E sua barriga cresceu muito desde a última vez que nos vimos — acrescenta, impressionada. — Está comendo muito espinafre, Rora?
— Engraçadinha.
Ela ri e me abraça outra vez, ainda mais forte. Céus! Eu precisava tanto disso. Estava morrendo de saudade da minha melhor amiga barra irmã postiça barra parceira do apocalipse.
— Senti tanto sua falta — sussurra, afundando o rosto em meu ombro.
— Eu também, Amy.
Quando nos afastamos, ela toca meu cabelo e sorri.
— Então, o que perdi?
Coloco as mãos em minha barriga e acaricio. A bebê chuta levemente.
— Bom... — Finjo pensar. — Descobrimos que estou esperando uma garota. E ela já está se mexendo.
Amy arregala os olhos e toca minha barriga, esperando ansiosamente. A bebê se mexe outra vez, arrancando um sorriso da loira.
— Aposto que vai ser igualzinha ao Daryl — ela diz, achando graça. — Agora estou me lembrando daquela vez, no acampamento, que falamos dos seus bebês com o Dixon. Quem diria, hein?