DARYL DIXON | +18
Depois de saber do "acidente" que deixou seu cunhado em coma, Aurora Fisher retorna à sua cidade natal para dar apoio a irmã e ao sobrinho. Sua estadia não dura muito, já que alguns dias depois os mortos passam a assombrar a terra...
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Dia 54 depois do fim
Daryl estava incomodado. Passou o dia procurando pela garota e não encontrou uma pista sequer. O afligia imaginar a menina, tão frágil e indefesa, perdida na floresta, em perigo constante. Devia estar com medo, com fome, desesperada. Ou... Talvez nem estivesse mais viva.
Assim que saiu do trailer, olhou em volta procurando por Aurora. Não a encontrou, então imaginou que a moça estivesse na casa. Com esse pensamento, se afastou em direção à floresta novamente.
— Ei, Daryl! — a voz conhecida, que tanto o agradava, chamou.
Ele se virou, encontrando Aurora correndo em sua direção. Ela parou em sua frente, levemente ofegante, e sorriu.
Naquele momento, uma pequena parte da aflição que ele sentia, se dissipou. O sorriso gentil de Aurora lhe trouxe um pouco de conforto, um tipo de amenidade que sentia sempre que olhava para ela.
— Vai voltar a busca? Já vai escurecer.
— Não, só vou até o rio me lavar — respondeu e ajeitou a besta. — Quer vir?
O sorriso dela se ampliou, indicando que apreciava o convite.
Aurora avisou para Dale que iria sair com o Dixon, para que ninguém surtasse achando que ela tinha desaparecido, e logo o casal não assumido adentrava a floresta silenciosa.
— É muito longe? — Aurora perguntou, fazendo-o olhar para trás.
— Não, é até perto. Cuidado a cabeça — disse e segurou um amontoado de galhos para que ela passasse por baixo.
— Obrigada.
— E o seu sobrinho?
— Ele está melhor. Dormiu o dia todo, está se recuperando.
— Que bom.
Fizeram o resto da caminhada em silêncio.
O rio era repleto de rochas para todo lado, em uma descida íngreme. A água cristalina fazia seu curso tranquilamente, sem grandes quedas.
Daryl sondou a margem primeiro, atento aos ruídos, procurando qualquer indício de que havia perigo, enquanto Aurora se agachava, tocando a água gelada com as pontas dos dedos. Gostava de um bom banho em um chuveiro, num banheiro, estando bem segura e com privacidade, mas aprendeu a apreciar os banhos ao ar livre.
Na verdade, ela gostava de se banhar ao ar livre com Daryl. Tinha medo de algum morto aparecer ou acabar escorregando naquelas pedras lisas, mas sabia que Daryl cuidaria dela. Confiava sua vida a ele sem hesitar, e isso chegava a assustá-la.
Daryl deixou sua besta em cima de uma rocha e começou a se despir. Primeiro as botas, depois a camisa e enfim a calça. Aurora ergueu os olhos para ele assim que ouviu o ruído do zíper sendo aberto. Encontrou o homem tirando a peça, distraído. Trilhou os braços torneados, os ombros largos, o peito e abdômen marcados, as entradinhas convidativas que sumiam na cueca... Ela engoliu em seco e tomou uma lufada de ar.
