CAPÍTULO 18

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Dia 41 depois do fim

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Dia 41 depois do fim

AURORA

Pela primeira vez desde que todo esse caos começou, tive uma noite de sono decente. E teria sido muito melhor se logo cedo alguém não tivesse me acordado.

— Puta merda!

Abro os olhos com preguiça. Merle está parado na frente da barraca com um sorriso malicioso nos lábios. Puxo a coberta até o pescoço.

— Será que dá pra fechar a barraca? Meio que estou indecente aqui.

— Claro, cunhada. Chama meu irmãozinho para mim, espero aqui fora.

Reviro os olhos sabendo que terei que aguentar as piadinhas idiotas Dixon mais velho, e se depender dele logo o acampamento todo vai saber passei a noite com Daryl.

— Daryl — chamo, ainda deitada em seus braços com uma perna jogada por cima de seu quadril.

Ele parece estar em coma, nem se mexe.

— Ei, cara. — Cutuco o peito duro. Nada. — Daryl? — O que esse homem bebeu para estar morto desse jeito? Até dou uma checada para ver se ele ainda respira. — Daryl, acorda — tento uma última vez, sem resposta.

Ao invés de abrir os olhos, ele enlaça minha cintura, prendendo seu peito em minhas costas.

— Fica quieta — resmunga sonolento quando tento me soltar de seu aperto forte. Contrariando seu pedido, tento outra vez. — Você vai acordar meu pau se continuar esfregando essa bunda em mim, garota. — Pressiono os lábios, contendo um sorriso. — Acha que é uma boa ideia? — sua voz rouca em minha orelha me causa arrepios pelo corpo todo.

— Acho — eu o provoco, dando uma leve remexida no quadril, sentindo que algo está despertando bem no meu traseiro.

Ele solta um riso gostoso que reverbera por seu corpo, fazendo seu peito tremer contra minha pele. Aprecio o som raro e estranhamente prazeroso. Daryl Dixon deveria rir mais.

— Não deveria continuar me provocando, Aurora.

— Mas você parece gostar. — Pressiono a bunda contra seu quadril, adorando ter algum poder sobre este homem. Ele solta um suspiro.

— Não devia ter feito isso.

— Por que não?

— Porque agora preciso de um bom café da manhã.

Em um movimento ágil, Daryl rola para cima de mim e se encaixou entre minhas pernas. Solto um gritinho de surpresa e ele ri apoiando as mãos de cada lado da minha cabeça.

— Fique a vontade, senhor Dixon — eu digo.

Ele sorri e analisa meu rosto.

— Ainda quer ir à cachoeira?

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