CAPÍTULO 63

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Dia 257 depois do fim

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Dia 257 depois do fim

AURORA

Estamos nos mudando novamente. Os rapazes encontraram um lugar que parece promissor. É na cidade vizinha, apenas duas horas de viagem. Sabemos que não vai durar muito, mas é melhor que nada.

— Até quando vocês vão continuar nessa? — Amy pergunta.

Me viro confusa. Será que ela estava falando de algo que não prestei atenção?

— Desculpe?

Edwin enfia a cabeça entre os bancos.

— Ela está falando de você e do Dixon.

Manobro o volante para a esquerda, acompanhando os outros carros.

— O que tem?

Ouço Amy bufar.

— Até quando vão ficar separados?

— Ah, isso — murmuro.

— Ah, isso — ela me imita. — Faz quanto tempo?

— Trinta e um dias.

Percebo os olhares surpresos em mim.

— Você está contando — observa, embasbacada. — Uau!

Solto um suspiro.

É claro que estou contanto.

São trinta e um dias sem Daryl. Pior que isso. São trinta e um dias convivendo com Daryl sem tocá-lo como eu quero, sem me entregar a ele, sem beijá-lo. São trinta e um dias de pura aflição.

Sei que tomei a decisão certa, e não me arrependo. Mas ainda assim é difícil.

Eu o amo. Amo aquele homem de um jeito louco, como nunca amei nenhum outro. Sou completamente apaixonada por ele. É exatamente por esse motivo que não posso permitir que nossa relação se desgaste, porque o amo demais para destruir o que tivemos.

Não preciso que ninguém entenda. Basta que nós dois estejamos cientes disso.

Todos esses meses que estivemos na estrada, pulando de casa em casa, nós tivemos discussões que sempre terminavam em sexo. E isso não é certo. Não é assim que se resolve as coisas.

Sempre que a gente discutia, ele se enfiava na mata e passava o dia todo sem aparecer. Quando ele voltava, a gente brigava porque eu saí enquanto ele estava fora (arriscando minha vida, segundo ele), uma discussão levava a outra e assim ia. O problema é que nenhum de nós queria ceder e quando nos dávamos conta, um pequeno desentendimento se transformava em uma briga de verdade. Daryl é explosivo e eu também, uma combinação e tanto.

E o problema não era só a gente. Havia também todo o estresse de estar em uma casa com muitas pessoas, ter que lidar com tanta responsabilidade, a preocupação diária e contínua. Nenhum de nós estava sabendo lidar com isso. Automaticamente descontávamos um no outro.

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