CAPÍTULO 13

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Dia 34 depois do fim

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Dia 34 depois do fim

AURORA

Daryl Dixon passou muitos dias fora dessa vez, tantos que comecei a me preocupar. Tenho certeza de que Merle foi procurar por ele, mesmo negando e dizendo que só ia dar uma volta.

Não entendi muito bem porque estou tão inquieta. Daryl e eu não somos amigos, amantes ou namorados. Obviamente rola uma atração muito intensa, pelo menos da minha parte, mas isso não devia me deixar tão apreensiva quanto estou.

Para ocupar minha cabeça durante esses dias, ajudei em tudo no acampamento. Busquei frutos com a Lori, ajudei Jacqui na cozinha, fiquei de vigia em cima do trailer, busquei água com Shane, auxiliei as crianças com a lição, e tudo mais o que pude fazer. E ainda assim, me sobrou tempo para ficar olhando a floresta à nossa volta, esperando pelo momento em que o carrancudo aparecerá.

Desvio os olhos da floresta, me deparando com Carol parada em minha frente, parecendo nervosa.

— Tudo bem, Carol?

— Você tem pomada? — Ela pergunta em voz baixa.

— Pra quê? Queimadura?

Ela engole em seco e ergue um pouco a blusa, me permitindo ver as marcas roxas de dedos. Ed fez isso, como sempre faz. Todos no acampamento notaram que o marido da Carol é um covarde que machuca a esposa e a filha, mas ninguém se atreve a interferir.

— Vem comigo. — Seguro sua mão e a levo até meu carro, onde estão os suprimentos médicos que trouxemos da cidade. — Isso vai ajudar, use duas vezes ao dia.

— Obrigada, Aurora — ela diz, agarrando o tubo que lhe entreguei, e faz menção de se afastar.

— Carol? — Ela para, mas não me olha. Pego um revólver pequeno embaixo do meu banco e o coloco em sua mão trêmula. — Fica com isso.

Ela me olha chocada e tenta devolvê-lo.

— Por favor — digo, empurrando-o de volta para sua mão. — Fica com ele, pra defender sua filha. — Seus olhos se enchem de água. — Olha, desse jeito está travado. Se for atirar, é só destravar aqui e apertar aqui.

Ela balança a cabeça entendendo e esconde a arma na cintura da calça, arrumando a blusa em seguida.

— Não precisa atirar pra matar. — Toco seu braço levemente, olhando-a com atenção. — Mas se fizer... Bom, quem pode te julgar?

Carol me olha com intensidade por um minuto inteiro e balança a cabeça antes de se afastar. Solto o ar pesadamente e tento me convencer de que fiz a coisa certa. Carol é frágil e Sofia é pequena, precisam se defender de alguma forma. Duvido muito que ela vá usar a arma para ferir Ed, mas me tranquiliza saber que ela tem essa opção, que ela pode se proteger se precisar.

— Você o achou? — Pergunto quando vejo Merle aparecer na orla da floresta.

— Eu te disse que a enfermeira estava preocupadinha — ele comenta com um sorriso zombeteiro, sem me responder.

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