CAPÍTULO 56

9K 943 382
                                    

Dia 78 depois do fim

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dia 78 depois do fim

Daryl evitava se aproximar do acampamento. Se topasse com Shane, seria capaz de matá-lo com suas próprias mãos. Fantasiava com a ideia de apertar seu pescoço até que perdesse todo o ar, ou socar sua cara até que estivesse irreconhecível. Simplesmente não se conformava com a decisão de Aurora de manter aquele verme vivo e por perto.

Entretanto, não sentia raiva dela. Estava puto, mas não com ela. A culpa era todo daquele imundo.

— Daqui a dois dias vamos levar Randall embora — Rick avisou.

O caçador apagou o cigarro na madeira da cerca e jogou a bituca na terra.

— Nosso plano ainda está de pé? — perguntou sem encarar o policial.

Rick apoiou os antebraços na cerca, sua testa franzida profundamente. Tinha pensado muito antes de chegar ao fim naquela decisão.

— Sim, mas vamos deixar entre nós. Ninguém precisa saber o que faremos.

— Não vai amarelar?

Rick soltou um riso nasal.

— Dessa vez, não. — Olhou ao longe, os campos se estendendo verdejantes, e suspirou. — Tudo para proteger quem amamos, não é?

O Dixon apenas assentiu.

— Eu acho bom aquele seu amigo não cruzar meu caminho — ele disse.

— Ele não vai — assegurou. — Tivemos uma boa conversa. Shane vai se manter no antigo celeiro, o mais longe da casa. Não causará problemas, eu garanti isso.

Não era o bastante para Daryl.

— Por mim, ele estaria morto.

— Aurora nunca iria querer isso. Ela nunca o condenaria. Ela o ama.

Ao ouvir isso, Daryl levantou o olhar pela primeira vez durante aquela conversa.

— Eles tiveram alguma coisa? — hesitou.

— Não, claro que não. Sempre foram amigos. Achei que poderia acontecer algo entre eles, e eu acabaria tendo que ser o chato que iria contra, mas não aconteceu. Era apenas amizade, pelo menos da parte da Aurora. Eu realmente não sei o que o Shane estava pensando.

— Ele é doente.

Para não alimentar sua raiva, Daryl decidiu encerrar aquela conversa. Acenou com a cabeça para o policial e se afastou.

A caminho de sua cabana, foi interceptado por Sophia.

— Oi, tio Daryl — ela o cumprimentou com um sorriso doce.

Daryl não estava acostumado a ser chamado daquele jeito, mas não pretendia repelir a menina. Que ela o chamasse do que quisesse.

— O que foi, garota?

Save MeOnde histórias criam vida. Descubra agora