CAPÍTULO 95

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Atenção: esse capítulo contem cenas de violência, assédio e agressão sexual. Se você é sensível a esse assunto, não leia! (Aguarde o próximo capítulo, onde entenderá o que aconteceu nesse sem precisar ler as cenas detalhadas.)

Dia 607 depois do fim

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Dia 607 depois do fim

DARYL

Fomos emboscados, eu logo percebi. Não podia ser uma coincidência que a saída principal da cidade estivesse bloqueada, sobrando apenas a alternativa, exatamente onde estavam aqueles homens. Quando paramos para olhar o mapa e Aurora desceu na moto, algo me incomodou. O ar parecia mais denso e eu me sentia observado. Aquele rangido só serviu para me deixar mais alerta. Eu sabia que alguma merda estava para acontecer. E Aurora estava na calçada, lendo a placa, a alguns metros de mim. Eu a chamei com urgência, ela correu e subiu na moto no mesmo momento que eu acelerava, assim como Merle.

Quando começaram a atirar, minha maior preocupação foi que Aurora fosse atingida, por estar mais exposta que eu. Logo ela e Janine começaram a atirar de volta. Estávamos quase no fim da rua quando a caminhonete surgiu do nada, bloqueando nosso caminho. Não deu tempo de desacelerar, eu virei para a esqueça com tudo, a moto derrapando e indo ao chão com o impacto da caminhonete.

A queda foi dolorosa, mas suportável. O que me preocupou mesmo foi Aurora, que saiu rolando no asfalto. Ela apoiou as mãos no chão e se levantou devagar. Seu cabelo estava molhado na frente, o líquido carmesim pingando.

Merda.

Eu só preciso ver seu rosto, saber que ela está bem. Mas ela parece atordoada demais para me olhar.

— Pega a Aurora e sai daqui! — Escuto Merle gritar para Janine. — Uma mãozinha seria ótimo, irmão! Eu sou bom, mas não sou dois!

Minha besta está perto de onde Aurora caiu e eu não vou conseguir pegar rápido, então saco meu revólver e começo a atirar.

— Vamos cobrir as garotas! — Merle diz, correndo para o meio da rua e atirando sem parar.

Sigo atirando, mas não consigo parar de olhar para onde Janine ajuda Aurora a levantar. Ela finalmente me olha, o sangue manchando a lateral de seu rosto, parece confusa e perdida.

— Vai com ela! — eu grito.

Ela parece entender, pois deixa que Janine a leve para o beco. É só quando elas desaparecem que consigo me concentrar no que realmente preciso fazer.

Merle já derrubou um dos caras que estavam na caminhonete, mas o outro está escondido atrás dela. Corro até lá encontrando o merdinha agachado recarregando a arma. Ele ergue a cabeça e eu meto um chute em sua cara, ele cai desacordado. Pego a arma que ele usava e acabo de carregar, dado um tiro em seu peito e voltando para ajudar meu irmão. Os caras estão mais perto agora, protegendo-se nas laterais dos prédios de cada lado da rua.

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