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— Se você fizer isso, eu nunca mais olho na sua cara. — meu dedo apontava acusadoramente para ele, enquanto minha respiração ficava mais rápida, impulsionada pela raiva que começava a ferver dentro de mim. — Eu não fiz nada com o Richard, eu só tava jogando bola. Tentando, pra ser sincera.

— E ele estava jogando também? Ou só fazendo charme pra você? É nítido que ele quer pegar você, Clara. — sua voz tinha um tom cortante, carregado de desconfiança, me fazendo se sentir como se estivesse sendo interrogada diante de um tribunal.

Revirei os olhos com a arrogância dele ao sair andando, como se estivesse certo e eu fosse a culpada por algo que nem sequer fiz.

— E porque você não faz isso? — minha voz ressoou pelo corredor vazio, mas não havia ninguém para ouvir, exceto o eco da minha própria indignação.— Se fizesse, não estaria preocupado com Richard.

Ele se virou abruptamente, e eu arqueei uma sobrancelha, desafiadora.

— Eu fiz isso ontem.

Cara de pau!

— Não. — neguei com o indicador, minha voz soando firme. — Quem te beijou fui eu.

— Eu não vou te beijar agora, tô suado do treino. — avisou, e eu assenti com a cabeça, reconhecendo sua observação, mas determinada a não deixar o assunto morrer tão facilmente.

— Não tem problema, eu faço pela segunda vez. — um sorriso malicioso brincou nos meus lábios enquanto eu me aproximava dele, desafiadora.

Meus lábios se uniram aos dele de uma vez só, como duas chamas se encontrando em uma dança incandescente. A coisa fluía entre nós, consumindo cada centímetro de nossos corpos.

Meus braços se entrelaçaram em seus ombros, buscando calor e apoio. Na ponta dos pés, eu me elevava para alcançar a altura ideal, intensificando o contato e a entrega.

Uma de suas mãos, ousadamente, tocou minha bunda em um aperto firme e provocante. Uma descarga elétrica percorreu meu corpo, despertando desejos adormecidos. Algo dentro de mim vibrava em resposta ao seu toque, um clamor primordial por mais, por algo que eu ainda não compreendia completamente.

Nossas línguas se entrelaçaram em uma dança sensual, explorando cada canto da boca do outro com uma avidez insaciável. A cada toque, a cada movimento, aquilo se intensificava, nos transportando para um mundo onde apenas nós dois existíamos.

Eu só queria me perder naquele momento, presa para sempre naqueles braços fortes e naqueles beijos que me consumiam. Uma ânsia incontrolável tomava conta de mim, um desejo de me entregar completamente àquela sensação insuportavelmente boa.

Por que aquilo encaixava tão bem? Era a química, a atração física, a conexão emocional? Ou talvez fosse algo mais profundo, algo que transcendia a lógica e desafiava a compreensão?

Ele me puxou para perto, pressionando meu corpo contra a parede. Sua mão, agora em minha cintura, apertava levemente, me prendendo em seu domínio. A cada toque, a cada movimento, a sensação de posse se intensificava. A mesma mão desceu novamente, desta vez se fixando em minha bunda. O calor de sua palma era como brasa em minha pele, acendendo um fogo que se espalhava por todo o meu corpo.

Seus beijos descenderam pelo meu pescoço, traçando um caminho de desejo e segredo. Cada toque enviava ondas de prazer por todo o meu corpo, me fazendo gemer em silêncio.

A vontade de gemer era quase insuportável, mas eu precisava me controlar. Sabia que não podíamos nos entregar completamente naquele momento, que precisávamos ser cautelosos.

Mesmo que não estivéssemos sendo.

O barulho de passos no corredor ecoou, indicando que alguém se aproximava e eu sabia com uma clareza quem era, fazendo com que o meu sangue gelasse. Reconheceria o som familiar em qualquer lugar e meu coração começa a bater forte no peito.

Amor em Jogo - PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora