— Não vou usar o seu notebook. Já que viemos em casa, vou levar o meu. — avisei pra minha mãe assim que chegamos em casa — Verinha do meu coração, o que você fez hoje, hein?
Eu torcia pra que ela tivesse visto a minha mensagem a tempo.
— Eu vi a sua mensagem pedindo strogonoff de camarão, Clara. — ela falou com um sorriso brincalhão no rosto.
— Graças a Deus, eu te amo! — beijei o rosto dela, sentindo o calor da sua pele contra meus lábios. — Como está a Melissa? Minha mãe disse que ela vai sair de férias.
— Vai sim. Inclusive estava pensando em ir para Portugal. — falou orgulhosa. — Eu até iria se não estivesse trabalhando.
— Se você quiser, eu posso falar com a minha mãe. — sugeri, percebendo o leve rubor em suas bochechas que denunciava sua vontade. — Eu vou falar com ela, tá? Pode me passar a colher do arroz? Tenho que comer rapidinho, ainda tenho que me arrumar para ir para o Allianz com a minha mãe.
— Você? Pro estádio? — ficou de cara, os olhos se arregalando em surpresa enquanto me passava a colher, o tom de incredulidade ecoando em sua voz.
— Ah, acho que não te contei. Eu vou cobrir as férias da Melissa. Não vou tirar o emprego da sua filha, relaxa. Só estou ajudando a minha mãe. — falei, notando o brilho de compreensão nos olhos dela.
— Fico feliz que esteja acompanhando sua mãe. — ela disse enquanto tirava algo da geladeira, seu sorriso acolhedor transmitindo conforto. — Fiz a sua sobremesa favorita.
Meus olhos se desviaram das coisas sobre a mesa e se arregalaram ao ver o mousse de maracujá trufado, uma expressão de pura felicidade tomando conta do meu rosto.
— Cara, eu juro por Deus que você completa a minha vida! — falei com um sorriso que ameaçava se alargar até as orelhas. — Eu vou comer super rápido, pra dar tempo de comer tudo.
— Eu vou chamar sua mãe e já volto. — ela avisou, e eu concordei animadamente enquanto terminava de me servir, sentindo o aroma tentador do strogonoff de camarão preencher o ar ao meu redor.
A comida da Vera era verdadeiramente dos Deuses, cada prato uma obra-prima de sabores e texturas que faziam até os paladares mais exigentes se renderem. Desde os pratos mais simples até os mais elaborados, tudo que ela preparava ficava extremamente gostoso.
E Melissa, sua filha, conseguiu o emprego com a minha mãe através da sua que soube da vaga e conversou com a minha. Eu nunca convivi com Melissa, mas todas as vezes que estivemos juntas, ela tinha um jeitinho muito simpático.
— Isso aqui está divino! — suspirei, relaxando na cadeira, enquanto saboreava cada garfada, me sentindo transportada para um mundo de sabores.
— Você sabe que não deveria pedir para a Vera fazer comida, não sabe? A função dela não é essa. — minha mãe repreendeu com um tom leve de preocupação, dirigindo um olhar de advertência. — Desculpa, Vera. — acrescentou, virando-se para ela.
— Que nada, eu amo cozinhar para ela. — Vera respondeu com um sorriso caloroso, enquanto afagava gentilmente minha cabeça.
— Mãe, por que você não contrata a Vera definitivamente? Assim ela não precisa ficar vindo com dias contados, sabe? — sugeri.
Minha proposta foi recebida com interesse pela dona Leila, que parecia pensar sobre o assunto com seriedade, seus olhos percorrendo entre mim e Vera antes de se aquietarem em silêncio.
— Você por acaso sabe se ela tem interesse? — minha mãe perguntou, seu olhar buscando a confirmação nos olhos de Vera, que assentiu com um sorriso tranquilizador. — Eu vou checar tudo e dou uma resposta pra vocês.
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Amor em Jogo - Piquerez
FanfictionO que fazer quando o seu coração entra em uma partida sem avisar? Clara sempre preferiu viver longe dos holofotes que envolvem a fama de sua mãe, Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Enquanto se dedica aos estudos de publicidade e tenta encontra...