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Com o barulho da festa ainda ecoando em meus ouvidos, entrei no elevador do prédio ao lado da minha mãe. A atmosfera era completamente diferente da agitação que tomara conta do estádio. No lugar de gritos e músicas, um silêncio tranquilo reinava.

— Os meninos mereceram hoje. — minha mãe disse, quebrando o silêncio com sua voz animada. — Eles deram duro e conquistaram a vitória.

Olhei para meu reflexo no espelho do elevador e comecei a rir.

— E deram um banho na gente. — respondi.

— Eu tô cheirando a champanhe dos pés à cabeça, mãe. — reclamei, limpando o rosto com a mão. O cheiro doce e efervescente do espumante impregnava cada fibra do meu ser, um lembrete da alegria contagiante daquela noite.

Minha mãe me olhou e um sorriso se abriu em seus lábios. E então a memória veio na cabeça.

— Eu passei mal de rir quando o Richard jogou champanhe em você e depois percebeu o que tinha feito. — falei e ela riu. — O menino ficou tão constrangido que até mudou de cor.

A imagem de Richard, com o rosto vermelho de vergonha após banhar ela em champanhe, me fez cair na gargalhada. As lembranças da festa me inundavam, trazendo consigo uma onda de felicidade e nostalgia.

— Relevei pelo momento. — minha mãe disse, piscando para mim. — Amanhã vou ter que mandar o carro para lavar e vou usar o seu.

Naquele momento de tranquilidade no elevador, meu celular resolveu tocar incessantemente, vibrando dentro da ecobag que, por sorte, não havia sido atingida pelo banho de champanhe. A cada notificação, um frio na barriga me percorria, e a curiosidade me consumia.

Peguei o celular com mãos trêmulas e abri a tela. Uma enxurrada de mensagens inundou meus olhos, vindas de diferentes grupos e contatos. A cada nova mensagem, a sensação de estranheza aumentava.

"Será que aconteceu algo com a família?", pensei, tomado por um turbilhão de preocupações. Comentei com minha mãe sobre a inusitada quantidade de mensagens, e ela, com sua voz calma e tranquilizadora, me garantiu que não havia nada de grave acontecendo com nenhum familiar.

A curiosidade me impulsionou a abrir a conversa com o grupo das garotas da faculdade no WhatsApp. Assim que a tela se abriu, meus olhos se arregalaram em puro espanto. Lá estava, ocupando toda a tela, um print da página mais fofoqueira e conhecido por suas "notícias" duvidosas.

Para meu horror, minha cara estava estampada na na publicação, acompanhada por um título que me fez engolir em seco. Minha mente se recusava a processar o que meus olhos estavam vendo.

Antes que os olhos perspicazes da minha mãe percebessem meu estado de pânico, guardei rapidamente o celular, tentando disfarçar a vergonha que me consumia. Meu coração batia descompassado, e a sensação de impotência me dominava.

 Meu coração batia descompassado, e a sensação de impotência me dominava

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Amor em Jogo - PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora