— Você não deveria ter falado com a minha mãe e além disso me deixou se atrasar de propósito. — falei, cruzando os braços, e ele sorriu, uma expressão que só aumentou minha irritação. — Não é pra rir, Joaquín!
— Desculpa, amor. — ele murmurou, tentando acalmar a situação, mas o uso da palavra "amor" fez meu coração pular uma batida.
Meus olhos se arregalaram levemente, mas tentei não demonstrar o efeito que suas palavras tiveram sobre mim. Precisava me manter séria, até porque a conversa era pra ser levada a sério.
— Não faça nada pelas minhas costas. Eu odeio isso. — apontei para ele, enfatizando meu ponto. — O que aconteceu com o seu pé?
— Eu torci enquanto entrava aqui, acredita? — ele sorriu, mas sua expressão logo se transformou em uma careta de dor. — Aí aquele cara tava vendo se melhorava.
— E melhorou?
— Estava melhorando até você chegar e fazer ele sair. — brincou, mas sua expressão indicava que realmente estava desconfortável. — Tô brincando. — riu. — Mas tá doendo só quando eu piso no chão, mas daqui a pouco passa.
— Foi castigo por ter me deixado dormir.
— Não fala assim. — fez drama, mas seu sorriso entregava a brincadeira. — Você conversou com a sua mãe?
— Sim. Ela parece estar mais relaxada, mas eu sei que ela está no modo vulcão.
— Modo vulcão?
— Sim. A qualquer hora vai entrar em erupção. — dei de ombros, tentando manter um tom leve, mas a preocupação era evidente em minha voz. — E é bom que você não esteja perto.
Ele concordou com a cabeça e levantou as mãos, em forma de rendição, um gesto que combinava perfeitamente com sua expressão divertida. Ele era tão lindo que me causava raiva, uma mistura estranha de admiração e frustração.
— Está melhor? — Abel perguntou ao entrar na sala, interrompendo o momento. — E aí, Clara?
— Oi. — acenei com um sorriso, aliviada pela presença de Abel.
— Acho que sim.
— Achas que vai precisar de um hospital? — perguntou Abel, com seu sotaque carregado, se mostrando preocupado com a situação.
— Não. — Joaquín negou com a cabeça. — Acho que gelo resolve.
Abel concordou com a cabeça e saiu, nos deixando a sós novamente.
— Tem certeza de que não quer ir ao médico? — perguntei, ainda preocupada, mas ele balançou a cabeça negativamente, recusando minha sugestão.
Ele se sentou, estendeu sua mão para mim e eu a peguei, permitindo que ele me puxasse para perto, colocando-me entre suas pernas.
— Por que tá me olhando assim? — perguntei, curiosa com a expressão em seu rosto, e ele sorriu timidamente.
— Eu nunca achei que me daria bola, sabia? — ele disse enquanto mexia carinhosamente no meu cabelo.
— Sério? Por que? — minha curiosidade foi despertada, querendo entender o que estava passando pela sua mente.
— Primeiramente por ser filha de quem é, segundo eu imaginei que sua mãe brigaria com você se ficasse com alguém do time e você também sempre pareceu tão distante de qualquer interesse. E no seu instagram não tinha nenhum sinal de vida, algo que pudesse me ajudar.
— Espera aí, meu instagram?
— Sim.
— Você achou? Como?
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Amor em Jogo - Piquerez
FanfictionO que fazer quando o seu coração entra em uma partida sem avisar? Clara sempre preferiu viver longe dos holofotes que envolvem a fama de sua mãe, Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Enquanto se dedica aos estudos de publicidade e tenta encontra...