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São Paulo | Brasil
11 de Abril

Acordei nua, envolta naquela sensação gostosa de pós-sono que só uma noite bem aproveitada proporciona. A luz do sol entrava pelas frestas da cortina, criando listras douradas no meu corpo. Me espreguiçando, observei o quarto ao meu redor, ainda tentando registrar que a noite passada não tinha sido um sonho.

Um sorriso se formou nos meus lábios enquanto eu me lembrava dos toques, dos gemidos, da entrega total. Foi como se o tempo tivesse parado, e só existissem nós dois.

Levantei com cuidado, tentando não fazer barulho para não acordá-lo. Meus movimentos eram lentos, como se eu estivesse revivendo cada momento da noite anterior. Senti meus pés descalços tocarem o chão frio, e um arrepio percorreu meu corpo.

Peguei meu celular que estava na mesinha ao lado da cama e verifiquei as horas. Ainda tinha tempo para me arrumar e ir para o CT. Mas, por um momento, desejei ficar ali, naquela cama, apreciando a quietude do quarto e a companhia do anjo adormecido.

Mas eu precisava deixar aquela visão e ir para o banho logo.

O vapor quente do chuveiro envolvia meu corpo, como um abraço reconfortante. A água morna acariciava minha pele, acalmando a agitação que ainda persistia em meu interior. Meus músculos, ainda tensos, relaxavam aos poucos, cedendo à suavidade da água.

Enfiei a cabeça sob o chuveiro, deixando a água lavar meus cabelos, levando consigo os pensamentos que insistiam em me invadir. Fechei os olhos e respirei fundo, inalando o perfume doce e relaxante do sabonete.

De repente, o som familiar de passos ecoou pelo banheiro. Ele.

Abri os olhos e o vi parado na porta, me observando com um sorriso malicioso nos lábios. Senti minhas bochechas queimarem de vergonha, mas logo me lembrei de que não havia nada a esconder. A noite passada havia desfeito qualquer barreira entre nós, tanto física quanto emocionalmente.

— Tem escova nova nessa gaveta aí.— eu disse, apontando para o móvel enquanto continuava a escovar meus dentes.

Seus olhos, que antes estavam fixos em mim, se desviaram por um momento para a gaveta que eu indiquei. Mas logo voltaram para o meu rosto, como se estivessem hipnotizados. Era como se ele estivesse tentando memorizar cada detalhe, cada curva do meu corpo, para que nunca mais esquecesse.

Um sorriso brincalhão se formou em seus lábios enquanto ele se aproximava do box. A cada passo, a sensação de que ele me devoraria com os olhos se intensificava.

Quando terminou de escovar os dentes, ele se aproximou de mim e me deu um beijo suave na boca. O beijo foi curto, mas carregado de significado. Era como se ele estivesse me dizendo que queria mais, que queria continuar a noite anterior.

— Você é linda.

— Quer tomar banho? Você tem que ir pro treino. — avisei, notando sua expressão de consentimento enquanto ele assentia com um sorriso. — Vem. — convidei, sentindo a tensão elétrica entre nós.

Ele sabia exatamente o que eu estava insinuando, e era visível em seus olhos o reflexo do desejo mútuo que compartilhávamos. Enquanto ele se despir lentamente, revelando apenas a cueca preta que acentuava suas coxas musculosas e pernas atléticas, eu me vi hipnotizada pela sua presença, momentaneamente perdida em sua aura magnética.

Amor em Jogo - PiquerezOnde histórias criam vida. Descubra agora