Capítulo 14

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NÃO REVISADO

O telhado da escola sempre foi meu lugar favorito nessa merda, um lugar onde eu podia respirar longe do caos das pessoas . Mas hoje, a presença dos meus amigos e suas provocações estavam me sufocando. Lond jogou-se no sofá com um riso zombeteiro, e eu senti a irritação borbulhar dentro de mim.

— Você não perde tempo, não é mesmo? — ele riu, e eu ergui uma sobrancelha.

— Falando de quê? — perguntei, com a minha voz baixa e ele ri assobiando.

— Você deu a sua camisa para a novata, não é? Admito que ela é uma verdadeira gostosa — Lond continuou, e eu olhei para ele, para Jack e para Nicolas, todos com sorrisos que me irritavam profundamente.

Eu não dei minha camisa para Dy para que ela desse para outra vadia qualquer. Levantei-me abruptamente, agarrando minha jaqueta com mais força do que necessário.

—  Aonde está indo? — Jack perguntou, mas eu já estava descendo as escadas, cada passo aumentando minha raiva.

Há algo profundamente errado comigo. Eu a odeio, mas ela se tornou uma  sombra que me persegue, uma presença que não posso escapar. É como se ela tivesse lançado uma maldição sobre mim, e cada pensamento sobre ela é um maldito tormento.

— Atrasado, Sr. Campbell — o professor falou, mas eu o ignorei.  Meus olhos estão fixos em Dy, que age como se eu fosse invisível. Isso me deixa à beira da insanidade.

Eu me sento ao lado dela, e ela continua com sua atuação. Se ela soubesse o quanto estou puto, ela não estaria agindo dessa forma.

— Por que tirou a minha camisa? — sussurro, minha voz um rosnado baixo.

Ela suspira, e eu percebo o seu nervosismo. Ela está com medo , e isso me enfurece ainda mais.

— Qual a diferença? — ela rebate, com voz baixa — Você só não queria que eu parasse de usa a roupa do seu amigo?

Eu queria gritar, queria expor a porra da  verdade. Eu queria vê-la na minha camisa, queria que ela fosse marcada pelo meu cheiro, uma marca que todos pudessem ver.

Droga,  por que ela não entende uma coisa tão simples?

— Você quer me enlouquecer, é isso ? — pergunto, olhando diretamente em seu olhar.

Confusão e ódio misturados em seu olhar. Ela não entende o que está acontecendo e, porra, nem eu entendo essa merda. A fúria que ela desperta em mim é torturante, essa porra me atormenta mais do que o ódio — uma atração que me puxa para ela, contra toda a minha vontade.

Não quero sentir essa droga, não quero pensar nela dessa forma. Eu quero tirá-la dos meus pensamentos. Não era para ser assim.

— Não sou um brinquedo que você pode controlar, Treves — ela diz brava, sua voz trai um tremor quase imperceptível. — E esse seu desejo nojento de me atormentar não vai dar certo.

Ela se levanta abruptamente, fechando o caderno com força. Ela pede permissão para ir ao banheiro e, com um aceno do professor, ela foge de mim com pressa.

Eu me levanto, e saio da sala, sigo-a pelo corredor, meus passos acelerados. Eu a alcanço e a seguro, puxando-a de volta para os meus braços com uma urgência que me surpreende.

— O que você pensa que está fazendo? — ela pergunta, sua voz falha, a respiração acelerada. Ela tenta se afastar, mas eu a seguro firme, nossos corpos tão próximos que posso sentir o calor emanando dela.

— Você sabe exatamente o que estou fazendo — respondo, minha voz baixa e rouca. Minha mão desliza para sua cintura, puxando-a ainda mais para mim.

— Me solt... — não a deixo terminar, puxo ela para um beijo

Beijo seus lábios com uma urgência que era dolorosamente infernal. Eu não sabia que precisava tanto de um simples beijo de uma garota que eu odeio, mas eu preciso, e por mais que eu tente negar, eu não consigo resistir.

Envolver as mãos em seu cabelo, puxando mais o seu corpo para perto do meu, e acredito que ela não sabia que estava tão rendida quanto eu neste beijo. O fato que comprovou isso foi as suas mãos terem agarrado a minha jaqueta de um jeito tão desesperado

Vejo ela fechando os olhos, agarro a sua língua e o chupo com força, ela envolve os braços em meu pescoço em busca de mais contato.

Essa garota era uma perdição, minha perdição. Tudo nela era viciante: seu jeito, seu sorriso. Parece que não tenho mais controle da minha mente; desde que ela entrou na minha vida, eu estava simplesmente perdendo a noção de tudo.

Quando me separei do beijo, ela soltou um longo suspiro e me empurrou com força. Dou uma risada e afasto os cabelos que caíam na minha testa.

— Seu louco, idiota, nojento... — ela cuspiu as palavras com um desespero que me fez rir.

Ela gostou e sei que gostou, mas Dy Cupper nunca admitiria isso.

Ela limpou os lábios com força, tentando apagar o toque dos meus. Mas eu dei um passo em sua direção e a agarrei pela cintura, afastando uma mecha de cabelo do rosto dela. Sem perceber, um sorriso escapou enquanto eu olhava para o rosto dela. Ela era tão fodidamente linda.

E tão minha.

Meus olhos, então, desceram para os lábios dela, agora manchados de vermelho natural, e por um momento, imaginei como seria beijá-la novamente.

Acredite, eu me amaldiçoei a cada segundo por desejar algo tão intensamente, por ansiar por um beijo que não deveria ter gostado.

Droga, eu não deveria gostar tanto desse beijo, mas, porra, eu gostei.

— Ah, não vem jogar a culpa em mim — digo com uma voz rouca e acusatória — Você também me beijou de volta.

— E não adianta limpar essa porra, você já está marcada com meu cheiro, pastorinha — passo o polegar pelos seus lábios.

Dou uma risada acariciando o seu cabelo. Porra ela era tão linda.







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