Capítulo 25

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CAPÍTULO NÃO REVISADO.

Sábado e era para a gente estar na racha, mas ouvi um probleminha e cá estávamos nós. Não podia reclamar; aqui estava incrível para caramba.

Milhares de mulheres, bebidas e drogas. O que mais um homem poderia pedir?

— Eu estou indo - diz Jack, levantando-se e saindo do quarto. Estamos na casa do Conno, dentro de um dos quartos. Eu não sabia quanta grama coloquei pra dentro, mas caramba, estou vendo coisas que não deveria estar vendo.

Não teria aceitado se soubesse que essa droga era tão forte. Estou começando a questionar, não é possível que eu a queira tanto assim, não posso acreditar que estou fantasiando com ela.

Não, estou perdendo a cabeça.

Caramba, tudo nela é perfeito; seus lábios, sua pele macia e aquele cheiro doce que poderia facilmente sentir por horas, não, por anos e mesmo assim eu não iria me enjoar dessa droga.

Sua voz, ela não está aqui, mas a voz dela... está presa, está presa em minha mente, cravada no meu ouvido, e estou lutando contra tudo para tirá-la da minha cabeça, mas não consigo.

Cada tentativa de afastar Dy da minha mente, ela parece se tornar ainda mais presente, mais real do que jamais imaginei. Não era pra ser assim, não era pra ter essa obsessão perturbadora me consumindo o tempo todo.

— Oi gato - vejo a Samanta desfilando em minha direção . Merda o que ela está fazendo aqui?

— Eu não sabia que você estaria aqui - digo, levando um copo aleatório que encontrei na mesa à minha boca, o sabor amargo rasgando minha garganta.

— Eu não perderia a oportunidade de te encontrar - diz, sentando-se no meu colo sem permissão. — Que tal irmos para outro lugar?

Pego-a pela cintura, tirando-a do meu colo e levanto, sentindo minha cabeça girando. Resultado das bebidas e de várias outras merdas que coloquei pra dentro.

— Hoje não, Sam - disse simplesmente, enquanto ela cruzava as pernas de forma sexy e sedutora. Ignorei, pegando minha jaqueta ao lado dela, e ela aproveitou para segurar meu braço.

Eu tinha esquecido o quão chata essa garota poderia ser. Sem dúvida, foi a pior transa que eu já tive.

— Vamos lá, Sam, seja uma boa vadia que você é e me solte - ordenei sarcasticamente, e ela obedeceu, retirando suas garras do meu pulso.

— Estou começando a ter minhas dúvidas, Treves. Não me diga que uma noite com Cupper foi capaz de te broxar.

— Se eu precisar de uma puta na minha cama, eu te chamo, até lá não me procure — respondo, ignorando seu sarcasmo, e me viro.

— Aonde está indo? — Donovan questiona, ainda sentado em um canto com duas garotas em seu colo.

— Não estou com humor para lidar com vadias hoje - digo, e ele ri.

— Boa sorte na sua busca por uma mulher decente, então, irmão.

...

Eu estava lá, parado no alto, com um cigarro entre os dedos. A fumaça se dissipava no ar a cada tragada, e eu precisava relaxar, mas como? Lá embaixo, todos dançavam animadamente, enquanto outros bebiam e conversavam com o mesmo entusiasmo, mas nada disso importava para mim.

Meus olhos encontraram Cupper , e um gemido de frustração escapou dos meus lábios. Eu passei as mãos na cabeça, tentando em vão diminuir a raiva que ela provocava em mim.

Por que caralhos ela tinha que estar aqui? E por que, por todos os infernos, ela tinha que usar uma roupa que colava em cada curva do seu maldito corpo? Com raiva, joguei o cigarro no chão e o esmaguei sob a bota, descendo as escadas às pressas.

Assim que cheguei ao térreo, comecei a me desviar das pessoas, indo em direção a Dy. Quando a alcancei, sem dar-lhe chance de falar, agarrei-a pelos braços e a puxei pelos corredores.

— O que está fazendo? Me solte! — ela protestou, se debatendo.

Eu parei e me virei para ela, a raiva fervendo em minhas veias.

— Bela cristã você é, não é? O que diabos está fazendo em um lugar desses, Dy? Perdeu a cabeça?

Ela suspirou, uma calma que me irritava ainda mais. Tentou se virar para ir embora, mas eu segurei seu antebraço com força.

— Você está me machucando — ela disse, o ódio evidente em sua voz.

Eu olhei para ela, e por um momento, a raiva deu lugar a outra coisa... Frustração, talvez. Afrouxei o aperto.

— Vamos embora agora — ordenei.

Ela riu sem humor e me olhou.

— Você não é meu dono. Estou aqui com as minhas amigas, e não é da sua conta.

Ela tentou se afastar, mas eu a puxei de volta, mantendo-a firme em meus braços.

— Belas amigas que você tem — zombei.

— Falou o Sr. Amizades Perfeitas, certinho — ela retrucou com sarcasmo.

Eu revirei os olhos.

— Certo, você tem razão. Essa merda não é da minha conta. Faça o que quiser.

— Você ainda está me segurando, Treves — ela apontou.

Com relutância corroendo meu interior, soltei a cintura de Dy e me virei. Cada parte de mim ansiava por atormentá-la, mas algo dentro de mim estava mudando, algo que me enlouquecia. Eu não me importava se ela estava ali, usando um vestido curto no meio daqueles animais loucos e drogados, pedindo pra ser comida.

Que tipo de religião permite uma porra dessas?

Voltei pra cima e peguei uma bebida qualquer, sentando-me e fitando-a diretamente, entre milhares de pessoas, apenas olhava para ela. Dy não fazia nada de especial, conversava com uma morena e bebia água, pelo menos era o que parecia.

Pelo menos ela não estava bebendo álcool.

— Parece que estamos destinados a nos encontrarmos.

A minha noite tem como ficar pior?

— Acho que fui claro - murmurei sem desviar os olhos da pastorinha.

— Treves, não seja chato - disse e deslizou para o meu colo, passando suas grandes unhas lentamente pelo meu pescoço até o abdômen - Você costumava ser divertido - disse com falsa doçura.

— Não estou no clima para isso, Samy, entenda, caramba - disse começando a me alterar.

— Eu posso te relaxar em apenas alguns segundos.

— Não, não pode. Cai fora.

Intenções Perversas Onde histórias criam vida. Descubra agora