Capítulo 61

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NÃO REVISADO.

Eu estava distraída demais para sequer entender o que estava acontecendo. Só sei que agora o Treves estava agarrado com Nico e quase toda a escola estava gritando, enquanto eu esperava que alguém fizesse algo, mas todos pareciam estar se divertindo.

Mais pessoas se juntavam e começaram a formar uma roda, como se fosse um show. Se aquilo continuasse, logo um deles sairia machucado.

— Eu vou te matar, seu fodido de merda! - Treves rosnou entre os dentes e mais uma partiu para cima de Nico, acertando-lhe em cheio um soco no rosto. Outro, e outro depois disso. Eu sabia que deveria fazer algo, mas não sabia o que.

Eu nem sei o que deu em Treves, apenas estava sentada com Nico tentando comer, e de repente ele veio para cima dele sem motivo. Nós apenas estávamos conversando, droga.

Não sou louca de ficar entre esses dois discutindo como dois animais salvagens.

Parece que finalmente Deus ouviu a minha oração, pois Donovan, que não estava no lanchonete, chegou junto com Jack e puxou o  t-shirt do Treves. A facilidade com que ele o separou da briga indicava que não era a primeira vez que intervinha dessa forma.

— Treves, meu Deus. Você está machucado - uma das meninas que estava assistindo a briga correu até Treves e começou a tocar cuidadosamente o rosto dele, que estava um pouco envermelhado.

Meus olhos rapidamente desceram para as mãos de Treves agarrando a cintura dela, mantendo-a próxima a si.

Não sei por que, mas não gostei nem um pouco disso. Não gostei que ele tocasse nessa garota, e isso me deixou louca. Tentei desviar o olhar, mas estava como se estivesse presa; a cada olhada, meu sangue ferveu, e ele parecia ter percebido, pois sorriu.

— Você está bem? - Perguntei a Nicolas, tentando manter a calma. Ele assentiu, apesar do machucado no rosto. Ele olhou para Treves e depois acenou com a cabeça.

— Foi só um arranhão - Nico murmurou, mostrando um sorriso fraco. Olhei para o sangue no canto de sua boca.

— Vem, vamos cuidar disso - Tentei afastá-lo com Nicolas, mas ao passar por Treves, ele me puxou, afastando-me de Nico.

— Eu já não disse que você não vai a lugar nenhum com ele? - Ele me olhou.

— E quem você pensa que é para mandar em mim? - ergui a cabeça, e ele se aproximou lentamente de mim, até que sua boca estivesse quase tocando minha orelha.

Seus dedos pressionavam minha pele, transmitindo uma sensação de posse que me fez estremecer. Droga, por que mesmo depois de querer ele longe meu corpo responde a ele?

— O cara por quem sua calcinha está sempre molhada - Sua voz rouca sussurrou em meu ouvido, enviando arrepios pela minha espinha. — Estava com ciúmes, não é? - Ele riu baixo — Se você for com Nico, eu juro que vou foder aquela garota, Dy. Você não quer isso, quer?

Sua mão apertou minha cintura com mais força, como se quisesse marcar território, enquanto levantava a cabeça pra Nico. Eu sei que ele estava querendo provocar Nico.

Olhei para a menina a quem ele se referia e depois desviei o olhar. A resposta era não; não queria nem imaginar ele tocando nela, eu sei que perderia a cabeça. Sabia que ele já tinha dormido com ela, e sabia perfeitamente que se eu fosse com Nico, ele cumpriria sua promessa, algo que eu não queria.

Parecia que Treves tinha entendido a minha resposta, ele pegou em minhas mãos e, sem dizer mais nada, me puxou para fora do lugar.

Quando chegamos ao corredor, ele me soltou, virando-se com raiva na minha direção.

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