Capítulo 64

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Apaixonar-me por ele era como cair em desgraça
Tudo envolvido em um, ele tinha tantos pecados
Teria feito tudo, qualquer coisa por ele
E se você me perguntar, eu faria novamente
Não preciso imaginar
Porque sei que é verdade
Eles dizem "todos os bons garotos vão para o céu"
Mas os garotos maus trazem o céu até você


NÃO REVISADO.

Quando abre a porta do quarto, meu coração dispara ao ver Treves deitado na cama, segurando minha ursinha. Perto de mim, parecia que nada o surpreendia, porque eu sabia que ele estaria aqui me esperando, não seria Treves Campbell se não estivesse. 

Ele gosta desses joguinhos de cão e gato.

Preciso lembrar de fechar a janela antes de sair.

Eu estava começando a ficar cansada dessa situação. Brigamos e, depois, ele sempre aparece. Toda vez que decido ir embora e esquecer tudo, ele surge, e como uma independente, fico ainda mais viciada.

Quero me afastar, mas não sei se sou capaz.

Ele não tinha esse direito.

Ele não tem o direito de me fazer sentir confusa e perdida.

— É melhor sair por onde entrou — digo, fechando a porta atrás de mim.

Ele me olha intensamente e se levanta, colocando a ursinha de volta no lugar.

— Precisamos conversar, Dy. Sem joguinhos, sem brigas, apenas conversar. — Ele diz sério, aproximando-se de mim.

Dou alguns passos para trás. Não sei se era medo dele fazer algo comigo ou medo de mim mesma perto dele.

Por mais que eu lute, não consigo parar de desejá-lo. Independente do que ele faça, parece que preciso dele para respirar.

Mas sei que devo manter o controle. Não posso continuar com isso, por mais que meu coração grite por ele, por mais que meu corpo me puxe para ele.

— Eu não vou te tocar se não quiser — ele garante com a voz baixa e dá alguns passos para trás, os olhos escuros fixos em mim.

Suspiro fundo e olho para ele, e tudo que eu consigo pensar é nele tocando na Sammy, nele fazendo Deus sabe o que com ela naquele maldito quarto.

Eu sei, droga, eu sei que deveria estar com raiva por ele ter abrido minhas pernas como se eu fosse uma vadia, mas não estou triste por isso.

Estou triste por ele ter me tratado como uma vadia, por ter  me deixado de lado para estar com outra garota.

Eu não sou esse tipo de garota que ele pensa que eu sou.

Eu jamais dormiria com Nico em tão pouco tempo e em uma festa idiota de fraternidade.

É hipocrisia da minha parte dizer isso, já que eu dormi com o Treves, mas é diferente. Eu não me entreguei a ele porque sou uma vadia e sim porque eu estava apaixonada por ele.

Mas agora eu realmente me arrependo.

Me arrependo totalmente de ter me apaixonado por alguém que me acha tão pouca coisa.

— Pode falar — murmurei, tentando controlar a tremulação em minhas mãos.

Seus olhos, ligeiramente arregalados, fixaram-se na camisa do Nico que eu usava, um leve franzir de sobrancelha obviamente não gostando de me vê vestida com a roupa de seu amigo.

Com um movimento rápido e fluido, ele tirou sua própria camisa, expondo os músculos esculpidos e a pele marcada por tatuagens que um dia pensei odiar.

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