Capítulo 28

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CAPÍTULO NÃO REVISADO.

Quando acordei, parecia que tudo estava girando e minha cabeça estava prestes a explodir. Eu não sabia onde ou com quem eu estava. A primeira coisa que fiz foi olhar ao redor do quarto.

Era um grande quarto com uma decoração simples. Depois de avaliar a cama, me deparei com Treves dormindo em uma cadeira ao lado da minha cama. O que ele estava fazendo aqui?

Coloquei a cabeça debaixo do lençol, verificando se eu ainda estava vestida. Por sorte, sim, estava vestida, mas algo nisso não me deixava feliz. O fato de que eu não lembrava nada do que aconteceu estava me deixando louca.

Levantei-me da cama, sentindo minha cabeça explodindo, e parei na frente dele. Ele parecia desconfortável e com frio naquela cadeira, mas por que eu me importaria? Só precisava que ele acordasse para me explicar o que eu estava fazendo ali com ele.

— Treves, acorda! — meio que gritei, sacudindo os seus braços. Ele abriu os olhos e sorriu.

— É a segunda vez que acordamos juntos. Isso deve ser um sinal — ele provocou, e revirei os olhos.

— O que estou fazendo neste quarto?

Como um movimento rápido e calculado, ele me puxou para o seu colo, suas mãos em volta da minha cintura com força, como se ele já soubesse que eu iria tentar escapar.

Por que ele tinha que ser tão atraente? Quer dizer, ele acabara de acordar, mas ele estava bonito. Seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto amassado, mas ainda assim isso o deixava mais bonito e fofo.

— Bom dia pra você também, linda  — ele disse com sua voz rouca.

Não perdi tempo e me levantei do seu colo. Agradeci mentalmente por ele não ter tentado me impedir.

— Você é tão baixo a ponto de se aproveitar de uma garota indefesa? Você é nojento  — disse com o tom de voz firme e com raiva.

Ele se levantou da cadeira e pegou sua jaqueta, me ignorando completamente. Com a jaqueta em suas mãos, ele se virou com a intenção de ir embora, mas segurei com força o seu braço.

— Estou falando com você, Treves — disse ainda com as mãos em torno dele.

— Fala, Dy. Estou ouvindo — ele suspirou fundo e me olhou seriamente.

Eu não sabia se ele estava brincando comigo ou tentando me deixar louca. Eu o conhecia bem, e não era possível que estivéssemos no mesmo cômodo e ele não me insultasse.

— Eu me lembro perfeitamente — comecei — Eu estava andando e você... — antes que eu tivesse a chance de começar a acusá-lo, ele tirou as minhas mãos de cima dele e se virou.

— Pense na merda que quiser — diz com raiva, mas antes que ele tivesse a chance de sair, senti uma pontada de dó na parte superior da barriga. Estremece.

Minha barriga parecia estar sendo martelada por doze pessoas. Ele parou e se virou para mim. Eu ignorei o seu olhar e segurei minha barriga com força.

Ele ficou parado por alguns segundos e depois começou a caminhar em minha direção.

— Está doendo? — assenti sem responder. — Porra — ele diz nervoso e toca minha barriga por cima das minhas mãos. — Você só dá problemas, sabia, pastorinha? Vou te levar para o hospital.

— Não... isso é normal — digo baixo e sinto meu rosto ficando vermelho. Era um pouco constrangedor falar disso com Treves. — É apenas... é...

— O que caralho? — sua voz estava alterada e por um segundo ele parecia mesmo estar preocupado.

Intenções Perversas Onde histórias criam vida. Descubra agora