Capítulo 37

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Confesso que este capítulo foi um dos que menos gostei de escrever. Estou com bloqueio criativo e, como estamos na época de provas e entrega de trabalhos, estou um pouco ocupada. Mas relaxem, porque vou fazer de tudo para continuar escrevendo e melhorar os capítulos. Uma boa leitura para vocês. Beijos.

CAPÍTULO NÃO REVISADO.

Eu a observo se levantar do meu colo, o rosto fechado em desgosto.

— Pare de falar besteiras — ela rosna, e algo dentro de mim se agita com a sua irritação.

— Por que não admite logo que está gostando disso? — eu desafio, incapaz de resistir a provocá-la. — Seria muito mais fácil parar de agir como se me odiasse e, segundos depois, estar nos meus braços.

Eu me levanto e me sento no chão, meus olhos nunca deixando os dela enquanto ela recolhe seus livros numa tentativa patética de fuga.

— Você está tão ou mais fodida do que eu, Dy. Não adianta fugir, você vai voltar para mim e sabe muito bem disso.— minha voz é um sussurro áspero, um sorriso sem humor torcendo meus lábios.

Ela congela, me dando aquele olhar confuso que eu conheço tão bem.

— Eu não vou voltar e pare de me atormentar, Treves. Eu não sou essas garotas que você... — Ela começa, mas eu a corto, minha voz baixa e perigosa.

— Eu sei.

As palavras mal saem da minha boca, um murmúrio tão silencioso que duvido que ela ouça. Que caralhos estou fazendo? É como se eu não conseguisse controlar a minha própria língua.

— Você é diferente, Cupper, acredite. — Eu digo, ainda em um sussurro, e ela me olha, talvez esperando por alguma ofensa.

Eu não sei por que estou dizendo essas coisas. Eu não gosto dela. Eu só quero atormentá-la, mas agora... agora há algo mais, algo que está me deixando louco e muito perturbado.

— Eu não me importo — ela finge desinteresse, mas eu vejo a mentira em seus olhos. Ela pega seu livro, pronta para ir embora. — Fique longe de mim.

— Curioso você dizer isso quando está neste telhado. Você sabia que eu estaria aqui, não sabia? — Eu provoco, levantando-me e indo em direção a ela.

Ela tenta fugir, mas eu a pego a tempo, segurando sua cintura e a puxando contra a parede. Eu sorrio, um sorriso que não chega aos meus olhos.

Eu a observo tentar me empurrar, suas mãos contra o meu peito, mas não consigo deixar de sorrir. É divertido demais. Com um movimento rápido, seguro seus pulsos e a puxo para mais perto, depositando um beijo lento lá sem tirar os olhos dela.

— Sabe, eu gostava do antigo Treves —  ela murmura, e sua voz fraca me atinge de uma forma que não deveria.

Não consigo evitar o sorriso que se forma nos meus lábios. Por que diabos essa garota mexe tanto comigo? É como se cada célula do meu corpo gritasse por ela, e mesmo que eu queira ganhar essa aposta estúpida com Nico, começo a questionar se vale a pena. Quero a pastorinha na minha cama, mas maldição, não quero que isso seja a minha ruína.

— E qual o problema com esse novo Treves?—  pergunto, me divertindo enquanto ela revira os olhos e afasta as mãos da minha boca.

— Eu prefiro que você seja um idiota — ela diz, me encarando com uma intensidade que faz meu coração acelerar — mas não um idiota que me deixa confusa e louca.

Eu sorrio, aproximando meu rosto do dela, e ela morde o lábio inferior, tentando desviar o olhar.

— Na verdade, deveria ser um idiota que está tentando te comer — sussurro, e ela desvia o olhar, seu rosto corado.

— Você não me odeia? — ela pergunta, e eu dou de ombros, sinceramente incerto.

— Odeio — respondo — mas isso não significa que não quero trepar com você.

Ela ri, um som genuíno que me faz sorrir também. Por que você tem que ser tão linda, Dy?.

Me pergunto, amaldiçoando-me por não conseguir desviar o olhar dos lábios dela, por não conseguir parar de sorrir como um maldito adolescente apaixonado.

— Deixa ver se entendi — ela diz de repente, o sorriso ainda brincando em seus lábios rosados — você tem sentimentos por mim?

A pergunta me pega de surpresa, e eu rio, sarcástico.

— De onde tirou essa bosta? — pergunto com sarcasmo — eu querer te comer não significa que eu tenho sentimentos por você, linda. É só um desejo carnal.

Ela para de rir e olha para mim, irritada.

— Tanto faz — ela murmura, virando-se para ir embora.

Eu a puxo de volta, não consigo me controlar. Meus olhos se fixam nos dela com uma intensidade que até eu mesmo temo.

— O que? Você queria que eu tivesse sentimentos por você? — Pergunto.

Dy suspira fundo, seu desgosto por mim evidente.

— Treves, essa brincadeira não tem graça. — Ela está cansada, eu posso ver. Cansada de mim, das minhas provocações, e desse joguinho idiota.

— Qual brincadeira? — Eu finjo ignorância, mas a verdade é que eu sei exatamente o que estou fazendo. E odeio isso. Odeio o que ela me faz sentir. Odeio que eu não consigo parar.

Eu a abraço, aperto seu corpo contra o meu, e respiro fundo, inalando seu cheiro. É como uma droga, e eu sou o viciado. Eu não deveria querer isso, não deveria querer tanto ela. Mas aqui estou, me afogando na necessidade de tê-la perto.

— Treves? — Ela chama, e eu solto um gemido de frustração, me afastando. Eu preciso me afastar.

— Você já comeu? — Pergunto, tentando mudar de assunto, mas ela não deixa.

— Não. Mas não estamos falando disso agora. — Ela é firme, e eu gosto isso nela, mesmo que me irrite.

— Você quer falar sobre o que exatamente, Dy? Sobre eu ter sentimentos por você, é isso? — pergunto com a voz baixa — Eu não quero dizer coisas rudes pra você, pastorinha, então por favor para de fazer perguntas ou me questionar com essas merdas. — Eu passo as mãos nos cabelos, bagunçando-os em um gesto de frustração que se tornou muito comum ultimamente.

— Hoje estou de bom humor, não estrague.

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