Capítulo 86

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Minha mulher.

Dayha está por cima de mim, seus dedos deslizando suavemente sobre a tatuagem do seu nome no meu pescoço. Essa foi, sem dúvida, a maior loucura que já fiz na vida por uma garota, e é foda como não consigo me arrepender. Não há razão para arrependimento; essa garota já estava marcada na minha alma. Não importa onde eu esteja, sinto sua presença e só consigo querer estar com ela.

Dayha cupper é a minha droga proibida que eu não consigo resistir, e quanto mais eu tenho, mais eu quero. Ela está cravejada na minha alma de uma forma tão forte que não consigo me afastar.

Todas as tentativas de afastá-la dos meus pensamentos foram inúteis. Tentei convencer a mim mesmo de que a odiava, mas, droga, não consegui.

— O que você fez comigo, Dy? — a pergunta escapou dos meus lábios antes que eu pudesse controlar. Não faz sentido como ela me deixou de joelhos.

Ainda estou tentando encontrar uma explicação, e parece que foi do nada; ela simplesmente me deixou viciado.

— Eu sentei bem — ela brincou, suas mãos agora envoltas ao redor do meu pescoço. Ri fraco, agarrando sua cintura com força e trazendo seu rosto para mais perto.

Tão fodidamenre gostosa.

— Sentou muito bem — concordei, vendo seu rosto corar com um sorriso tímido.

Seus sorrisos são como uma dose de veneno cruel; me embriaga a sempre querer mais.

— Em que você está pensando? — Dy se ajeita numa posição mais confortável e me olha.

— Estou pensando em você, eu e o nosso bebê — respondo sem pensar.

Estou ansioso pra caralho pra segurar essa criança, ensinar as coisas legais, enquanto Dy ensinar as coisas certas.

— Pra alguém que não queria nada sério — ela aponta com humor.

Qual seria a sua reação se ela soubesse que essa criança estava nos meus planos desde o início? Naquela noite, eu sabia perfeitamente quais eram as consequências de não ter usado camisinha e principalmente de me certificar que minha porra estaria bem lá dentro dela.

Eu sei que fui irresponsável ao fazer isso, culpado, mas eu queria que a pastorinha lembrasse de mim pelo resto da sua vida.

Na sua primeira vez, eu fui embora e me odiei por ter feito aquela merda. Eu não perguntei como ela estava se sentindo; passei o dia me perguntando se ela estava sentindo alguma dor. Eu sei que era normal que ela sentisse dor, mas esse único pensamento me fez ir ao inferno.

— Eu te amo. — sussurro com a voz rouca, apertando ainda mais a sua cintura.

Ela me olhou por alguns segundos, um pouco desacreditada, e eu também por simplesmente dizer aquelas palavras do nada.

— Eu te amo também — ela responde por fim e se inclina ainda mais sobre mim, deixando um breve selinho nos meus lábios.

— Diga de novo — peço com seus lábios ainda nos meus e ela gargalha, um som que eu passaria a intenidade  ouvindo.

— Te amo — diz mais uma vez e deposita mais um selinho nos meus lábios.

— De novo — volto a pedir.

— Te amo, te amo, te amo e te amo. Está satisfeito?

— Nem um pouco — murmuro com a voz rouca, roubando um beijo, saboreando o sabor viciante dos seus lábios. — Eu ainda quero ouvir isso um milhão de vezes enquanto eu te fodo pela casa.

...

— Me ensinar a dirigir? — Dy pergunta mais uma vez, com aquele brilho insistente nos olhos. Pela quarta vez, reviro os olhos, mas não consigo evitar um sorriso.

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