Capítulo 52

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Eu sou sua.

O que foi aquilo?

Eu devo estar perdendo completamente a cabeça. Treves me deixou na sua casa depois que entreguei a ele, sem explicação alguma.

Por causa dele, passei dias chorando e me sentindo patética, e agora isso?

Em que estava pensando ao aceitar fazer amor com ele de novo? Nem tentei recusar, simplesmente abri as pernas, sem hesitar.

O pior é que agora, mais uma vez não sabia o que esperar.

Ele vai voltar na festa, com aquela garota como se nada tivesse acontecido?

Estava deitada na cama olhando ao redor. Não era o mesmo quarto da última vez, era mais simples e muito mais aconchegante.

De quem seria esse quarto?

— Tome — desvio minha atenção do quarto me virando para Treves, que estende uma garrafa de água para mim.

Olhei para ele em silêncio.

Ele ainda estava sem camisa, apenas usando a calça jeans. Olho para seu abdômen, reparando o quão atraente ele é

Enquanto continuava a fitá-lo, eu notei as veias saltadas em seu pescoço, pulsando de maneira rítmica, quase hipnotizante. Seu cabelo bagunçado caía para trás, deixando alguns fios rebeldes se dispersarem na frente de seus olhos.  Era uma visão erótica, uma combinação de força e vulnerabilidade que me atraía de uma maneira inexplicável.

Ele é realmente muito lindo.

Minha cabeça estava a mil, tudo se manifestava dentro de mim e não estou compreendendo esses sentimentos confusos.

— Em que está pensando? — ele pergunta, sentando-se ao meu lado na cama e me puxando para perto dele.

— Nada. — murmuro baixo, sem coragem de encará-lo.

— Você é minha? — ele pergunta subitamente, pegando-me de surpresa. Levanto a cabeça para olhá-lo.

— Eu apenas estava... sei lá, devo ter perdido a cabeça ao dizer isso — falo, nervosa.

Ele concorda e ri, como se soubesse que estou mentindo.

— Se é o que diz — ele deposita um beijo lento na minha testa e sorri, acariciando meu rosto com cuidado. — Venha, precisamos descer.

O que está acontecendo aqui? Não é típico de Treves ser carinhoso ou tão tranquilo.

Me levanto, deixando-o na cama, e começo a me vestir na sua frente. Seus olhos escuros percorrem meu corpo, como se quisesse me devorar.

Ignoro o olhar, termino de vestir a calça e, ao pegar a camisa, Treves se levanta e joga a sua camisa em minha direção. Ergo as sobrancelhas, questionando.

— Essa blusa está muito curta em você. — ele diz, se levantando completamente da cama e se aproximando.

Assim que chega perto, ele me puxa e começa a me vestir. Em segundos, estou usando a camisa dele.

Respiro fundo, inalando o seu perfume, e suspiro.

Gosto dessa sensação, sentir o cheiro de Treves em mim. Sei que é errado, mas não consigo evitar.

Olho para ele e depois para seu corpo nu, fazendo uma careta.

— Vai sair assim? — pergunto, tentando disfarçar a raiva na voz.

Ele dá um sorriso, acariciando a parte superior de minha boca, deixando um rastro de eletricidade em meu corpo. Era como se sua simples presença incendiasse minha pele e me fizesse esquecer de todas as razões sensatas que me brigavam a fugir dele.

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