NÃO REVISADO.
Depois de sair do refeitório, fui direto para o telhado. Não estava com cabeça para entrar naquele inferno conhecido como sala de aula
"Você está gostando de Nico?" Essa merda não sai da minha cabeça; sinto como se isso estivesse me deixando louco.
Como ela pode gostar de Nicolas? Ela mal o conhece, e mesmo que tivesse algum sentimento idiota, seria pelo que ela pensa que Nico é. Ele não é tão diferente de mim; eles não eram melhores do que eu. Todos eram uns fodidos, drogados e viciados.
Mas é claro, Treves Campbell é o único idiota da história dela. Ela não enxerga que todos eles eram iguais, ou até piores.
Eu não sei o que estava acontecendo comigo, droga. Isso não é assim; eu me conheço perfeitamente e não sou assim. Eu faço essas merdas que estou fazendo.
Paro por alguns segundos e olho para a biblioteca. Em seguida, passo as mãos na cabeça e me agacho, sentando-me no chão.
Depois de algum tempo sentado sozinho, Jack entra. Ele ri com sarcasmo, como sempre.
- Ouvi dizer que saiu puto do refeitório. O que houve? - ele provoca, jogando um cigarro para mim.
Eu aceito e acendo-o. A raiva ainda lateja em minhas veias.
- Samantha está me sufocando! - digo, dando de ombros. Mas ele não se contenta com essa resposta.
Ele se senta ao meu lado, observando a fumaça se dissipar.
- Tem certeza de que é só Samantha que está te deixando assim? - pergunta, com um olhar perspicaz.
Eu rio como um louco, jogando a cabeça para trás.
- E o que mais seria? - indago, com a cabeça ainda jogada para trás.
Ele sorri com ironia.
- Sei lá. Talvez a sua raiva tenha a ver com alguém cujo nome começa com 'D'.
Paro de rir e suspiro, jogando a fumaça para o alto. Não quero falar disso, não com Jack.
E como vou explicar uma coisa que não faço a mínima ideia de como explicar?
- Eu não faço ideia do que você está falando.
Pelo canto dos olhos, percebo que ele me olha por alguns segundos, como se estivesse pensando em algo sério. Então, ele ri e acende o próprio cigarro.
- Então não vai se importar com o fato de que eu dei o número de Nico para Cupper.
Minha mão passa pela cabeça com raiva, e o riso some dos meus lábios. Agora isso? Essa garota está tentando me deixar louco?
Isso faz parte das brincadeiras idiotas dela? Por que ela insiste com isso? Que caralhos ela vê em Nico?
- E por que eu me importaria com essa merda? - pergunto, a voz sem humor. A verdade é que me importo, mais do que deveria. E isso me assusta.
- Caralho Treves, abre o jogo comigo - ele diz de repente - Eu sei que esse parada que você tem com a Cupper não é tão simples como você diz ser. Porra! você brigou com Nico por ela.
...
Entrei na biblioteca e comecei a olhar ao redor. Tudo era tão patético. Por que ela gostava de ficar tanto aqui?
Tinha tantas coisas na cabeça que não conseguia pensar em nada. Tudo parecia estar me deixando louco, e não de um jeito bom.
Por que eu odeio tanto ela? Ela nunca fez nada contra mim, mas algo nela me deixa irritado. O seu sorriso, seu cheiro... tudo. Eu sei que preciso parar; caralho, eu não sinto nada por ela, tenho certeza disso, mas também não consigo me afastar. É algo que foge totalmente do meu controle.
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Intenções Perversas
RomanceDaysha Cupper, uma jovem evangélica de 17 anos, que enfrenta a mais dolorosa das dores: a perda de seu pai. Envolta em luto e lutando contra a depressão, ela se isola, buscando refúgio em sua própria solidão. Mas o silêncio de sua alma é perturbado...