Capítulo 66

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Eu marquei um encontro com uma garota?

Eu me apresentei como namorado da Dy na frente da mãe dela?

Puta merda, eu sou o namorado da Daysha Cupper?

Eu nunca pensei em mim como alguém que estaria envolvido em um relacionamento, pelo contrário, eu sempre tive pavor dessa merda toda.

O que eu sinto por essa garota?

É como uma maldita droga, não importa com quem eu fodo, eu sempre me vejo pensando nela. Apenas Daysha Cupper, minha pastorinha.

É estranho essa coisa toda, até pouco tempo eu a odiava de uma forma inexplicável e agora, porra, agora parece que eu até preciso dela pra me manter sã.

Eu não sou o tipo de cara que uma garota apresente aos seus pais.

Em quase dezoito anos, tudo que sempre quis foi curtir a vida sem alguma coisa que me prendesse. Uma garota toda noite, não se preocupar com o futuro, apenas queria foder com tudo.

Mas as coisas com Daysha são diferentes.

Eu a quero mais do que qualquer droga, mas tenho medo de arrastá-la para essa merda toda que é a minha vida.

Eu sei perfeitamente que deveria ir embora, deixar ela viver sua vida sem a minha bagunça. Mas não consigo. Cada passo que dou para longe daquela garota, meu corpo clama para voltar.

Cada vez que tento me afastar, sinto como se estivesse me afogando, precisando desesperadamente de um gole de ar e ela é o meu oxigênio.

Mesmo quando eu sei que deveria fugir, eu fico. Estou preso, enredado em seus encantos, incapaz de me libertar.

Droga, por que ela tem esse efeito sobre mim?

Eu quero ela, eu quero ser alguém melhor para ela e não um idiota viciado de merda.

Será que posso ser melhor para ela?

Será que podemos realmente ter algo real?

E se eu me cansar?

Suspiro fundo e pego a caixa de cigarros juntos com o isqueiro no bolso da jaqueta. Sábado e estou sentado no meu sofá pensando na porra de uma garota.

Que feitiço ela usou comigo?

Meu sangue ferve só de pensar que a mãe dela ou aquele idiota possa estar tocando nela ou até mesmo gritando com ela. Merda, eu não suporto a ideia de alguém neste maldito mundo tocando nela.

Dou uma tragada e depois pego o celular que estava jogado na mesinha de vidro.

- O que está fazendo? - pergunto assim que a chamada é atendida. No outro lado, eu escuto uma risada baixa.

Eu não consigo mais ficar longe dessa garota.

- Eu estou deitado - ela responde e jogo a cabeça para trás, escutando sua voz. É viciante e eu poderia apenas escutar ela falando por séculos. - você tá aí?

- Sim. - respondo simples.

- Por que me ligou a essa hora, Treves? - ela pergunta de repente.

- Porque eu não paro de pensar em você.

...

- Aonde está me levando? - Dy perguntou pela décima vez, e eu tive vontade de atirá-la para fora do carro.

Daysha tinha um probleminha sério em manter a boca fechada. Não sabia se ela fazia isso com a intenção de me deixar maluco ou se era apenas curiosa. Talvez fosse um pouco dos dois?

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