Capítulo 75

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— Porra — minha mãe solta um palavrão ao entrar no quarto e se vira às pressas.

Eu olhei para a garota dormindo enrolada entre os meus lençóis. Porra, aquela vadia me drogou.

Que merda ela estava pensando em fazer uma porra dessas?

— O que faz aqui? — questionei, vestindo a calça jogada no chão com presa.

Eu estava com uma puta dor de cabeça e tudo que queria era jogar essa cadela para a rua, sem me importar se ela estava nua ou não.

Normalmente eu ficaria irritado com a presença não anunciada da minha mãe, mas agora eu realmente não consigo pensar em outra coisa a não ser o problema em que me meti.

Se Dy descobrir, ela termina de vez com essa merda. Droga. Por que infernos eu deixei essa mulher entrar?

Passo as mãos na cabeça e olho para a mais velha, que ainda permanece de costas.

— Pode se virar, mãe — murmuro, revirando os olhos — não é como se ainda estivéssemos transando.

Minha mãe se vira, lançando um olhar rápido para a mulher dormindo na cama.

— Tristan mencionou que você estava namorando, e essa garota com certeza não se encaixa na descrição que o teu pai me deu.

— Não venha bancar a mocinha fiel para cima de mim quando sei perfeitamente que você andou trepando com Tristan — falo entre os dentes, pegando a camisa também jogada no chão.

— Eu sou sua mãe — ela lembra, parecendo irritada.

— E fez um belo trabalho como tal — responde de forma irônica, e passo por ela, lhe dando as costas.

Ela não disse mais nada, e assim que chegamos lá fora, ela se vira para mim, me puxando para um abraço.

— Eu sinto saudades — ela murmurou e fico em silêncio.

Eu não tinha o costume de retribuir abraços, eu nunca gostei disso. Mas mesmo assim retribuí o abraço, mas rapidamente me afastei dela e comecei a andar com a intenção de ir para a sala.

Ela acompanhou os meus passos de perto e finalmente me joguei no sofá. Ela parou de frente para mim e cruzou os braços, parecendo estar pensando em algo importante.

— Você ao menos sabe o nome da garota lá dentro?

— O que está fazendo aqui? — respondi sua pergunta com outra. Ela suspirou e se sentou ao meu lado, olhando para mim.

— Eu e Hart estamos aqui a negócios e ele pensou que talvez você quisesse passar alguns dias com a gente — ela perguntou hesitante.

Neguei com a cabeça e joguei a cabeça para trás, fazendo os fios caírem para trás. Olhei fixamente para o lustre pendurado na parede.

Eu não gosto quando o assunto é direcionado para o Hart.

Depois de meu pai ter feito aquela merda toda, pouco tempo depois minha mãe conheceu Hart, um velho podre de rico disposto a tudo para comprar uma esposa dez anos mais jovem.

Não tenho nada contra até porque a vida da minha mãe não é a minha, mas mesmo assim eu prefiro me manter longe da vida "perfeita" que ela criou.

— Você pode considerar? — ela perguntou mais uma vez e levantei a cabeça olhando para ela.

— Não — respondi sem rodeios.

— Você deveria ter um pouco mais de consideração pelo Hart. Ele foi aquele que nos deu tudo que podemos chamar de nosso agora... quando seu pai...

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