Capítulo 17

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REVISADO, MAS PODE TER ERROS.

— Por que não me deixa em paz e vai procurar ajuda? — perguntei, colocando alguns metros de distância entre nós. Ele revirou os olhos e se aproximou, ignorando o meu pedido.

— Não chegue mais perto — avisei, dando passos para trás. Eu não queria estar tão perto dele, sentia que isso só alimentaria a confusão que ele provocava em mim.

— E por que eu faria isso? — ele perguntou, um sorriso arrogante se formando em seus lábios. — Digamos que eu gosto de ter você presa nos meus braços.

Eu estava desesperada para escapar, para me libertar daquela sala que de repente parecia uma prisão. Meus passos eram rápidos e trêmulos enquanto eu avançava em direção à porta, mas antes que meus dedos pudessem sequer roçar a maçaneta, ele me agarrou pela cintura com força.

Comecei a me debater, tentando me libertar, mas ele era muito mais forte. Com uma mão, ele segurava minha cintura com firmeza e com a outra, afastou uma mecha de cabelo do meu rosto e acariciou minha bochecha.

Engoli em seco, o medo se misturando com a raiva, enquanto tentava, inutilmente, me afastar dele. Mas Treves me puxou de volta, abaixando-se até ficar na altura do meu rosto, e riu — um som que me fez estremecer. Ele parecia um viciado saboreando sua droga favorita, e quando colocou a cabeça na dobra do meu pescoço, inalando meu cheiro, eu soube que não tinha mais voltar.

— Você não vai a lugar nenhum, Dy — ele sussurrou, sua respiração quente contra minha pele. — Não antes de me explicar uma coisinha.

Treves retirou a cabeça do meu pescoço e sorriu, abraçando-me com força para que eu não podesse fugir.

— Por que aceitou se encontrar com Nico? — ele perguntou, com raiva. — não sei se você só está brincando comigo ou se realmente tem sentimentos pelo Nico. Os dois não são uma boa opção.

Ele aproximou seu rosto do meu, seus lábios quase tocando nos meus.

Tentei me afastar, mas era quase impossível. Então, recorri ao único truque que poderia usar naquele momento. Eu sabia que não deveria fazer o que estava prestes a fazer, mas não aguentava mais ter as mãos dele sobre mim, sentir o cheiro que eu tanto odiava.

Olhei para ele e suspirei baixo, aproximando nossos lábios. Ele me olhou seriamente, confuso, sua respiração acelerada e sua mão apertando minha cintura com força.

— O que está fazendo, Cupper? — ele perguntou, sua voz rouca e próxima.

A respiração dele estava agitada, seus olhos fixos nos meus, me questionando. Sentia-me presa em seu olhar penetrante, incapaz de me mover ou continuar com a minha ideia.

Envolvi minhas mãos em seu pescoço e ele fechou os olhos com força. Nesse exato momento, eu o empurrei com toda a minha força. Mas, mais uma vez, antes que eu pudesse chegar à porta, ele me agarrou por trás, puxando-me de volta. Ele riu e balançou a cabeça, como se estivesse divertido com o meu desespero.

— Você realmente pensou que poderia escapar assim tão fácil? — ele zombou, e eu podia sentir o calor de seu hálito contra a minha orelha.

— O que você quer? — resolvi perguntar, sem mais o que fazer.

— Eu quero que você cancele tudo com Nico — ele rosnou baixo, seu agarrar se tornando ainda mais feroz.

— Eu não vou fazer isso — me debati no seu peito, tentando me afastar. — Você não tem esse direito de dizer o que eu tenho ou não fazer.

Treves se aproximou ainda mais, sua mão deslizando para o meu pescoço, segurando-o com uma firmeza que me fez estremecer. Seu rosto se aproximou do meu, e eu virei o rosto, sentindo a respiração dele quente e o seu perfume tóxico de cigarro envolvendo meu corpo. Seus dedos acariciaram meu pescoço e ele riu com uma voz rouca, abaixando a cabeça para olhar bem nos meus olhos.

— Está gostando, não é? — ele provocou, um sorriso malicioso se formando em seus lábios. — Admita logo, Dy, você gosta dessa sensação que só eu posso te proporcionar.

— Tudo bem... — digo, me afastando do seu toque. Ele tem razão, eu gosto dessa sensação dele me segurando e não quero gostar disso. Eu não sei o que está acontecendo com o meu corpo, mas é como se tudo nele estivesse chamando por mim. — Eu vou cancelar com Nicolas.

Eu concordarei com tudo, desde que possa ficar longe dele.

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