CARIEL

✹ Capítulo 5-CARIEL

Gostaria de agradecer a todos que tiram um pouco de seu tempo para ler este livro e vários outros de vários outros sonhadores como eu . ♥ 

Obrigado pelos comentários e votos, isso me ajuda muito! 

feliz ano novo a todos 

Tenha uma boa leitura, galera!    

                                                                                     Parte 3

Ao terminar de ler o bilhete, Tberyos, que na verdade se chama Ariel, amassou o papel em sua mão, com um puro ódio estampado em seu rosto, e quando ele a abriu-a novamente, o papel se incendiou.
Com raiva e dúvidas da situação, montou em seu cavalo, saindo a galope por entre as árvores em direção a onde estavam os outros. De longe ele pôde avistá-los marchando em seus cavalos em meio à floresta.

- Ei, esperem! – gritou, se aproximando.

Nisso Antros parou seu cavalo, mas Elton continuou na mesma velocidade, parando a uns trezentos metros dos outros dois.

- Como você demorou – disse Antros sério – O que estava fazendo?

- Aproveitei para ir mijar. E tenho uma coisa para te falar.

Ao ouvir essas palavras Elton ficou um pouco tenso, segurando firmemente as rédeas de seu cavalo. Ele sabia que a parte do feitiço de esquecimento que havia colocado no bilhete era uma farsa. Se ele resolvesse contar, teria de entrar em uma batalha contra Antros, ato que colocaria seu disfarce em grande perigo. Como ele explicaria a morte de dois generais das trevas no mesmo mês, e ainda perto dele?

- Então diga, Tberyos. O que tem a me falar? – disse Antros olhando para ele, se aproximando com seu cavalo de batalha negro que brilhava quando os feixes de sol, que passavam por entre as árvores, tocavam seu pelo.

- Quero ser chamado pelo meu verdadeiro nome enquanto estivermos juntos em uma missão, como agora. Você se importa? – perguntou Ariel seriamente olhando para Elton, que estava parado logo à frente, pálido. – mais uma coisa: você ia mesmo me matar?

- Se fosse necessário você não estaria mais aqui, mas não quero falar sobre esse assunto. Entenda uma coisa: fracos, traidores e bruxos incapazes de cumprir com suas obrigações não tem lugar nesse mundo – respondeu o velho general.

- Eu entendo, Antros – disse Ariel tocando seu cavalo para frente, com uma expressão de raiva em seu rosto.

- Correto, Ariel. Tudo bem, agora prestem atenção. Estamos entrando na parte da floresta que pertence aos humanos. Nossa sorte é que não nevou, do contrário isso dificultaria nossa visão. E eu posso sentir a presença de um grande poder por perto, só pode ser esse tal Cariel. Pelo que senti agora pouco ele deve ser forte – alertou o general Antros.

- Certo. Mas continue, como funciona o feitiço? – perguntou Ariel ao experiente bruxo das trevas.

- Ah bom, vou contar. É simples, mas é muito arriscado. Pois bem.

Todo o nosso corpo é um receptor, o poder vem de tudo à sua volta.
Há quase dois mil anos alguns de nossos ancestrais foram escolhidos pelo deus Únifico ainda no ventre de suas mães para herdar os dons da grande espada únifica, e assim nos transformamos em uma arma: um bruxo, o ser perfeito.
Mas isso é uma aula básica de história, que vocês deveriam ter estudado.
Não vou entrar em detalhes. O nosso corpo, apesar de ser uma arma, não é uma lâmina. Temos limites. Não é todo bruxo que consegue controlar o fogo, o vento ou os raios. E não são todos os magos que conseguem controlar as raízes das árvores, absorvendo a energia da natureza.
Nossos poderes, em níveis normais, se resumem em lançar, queimar e destruir. Mesmo Parks, que é muito forte, é limitado porque não permite usar a magia negra para impulsioná-lo. Somente nós bruxos das trevas temos a facilidade de usá-la.