Capítulo 11- O Bruxo por entre a poeira

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                                                   Capítulos novo todo domingo a meia noite .

                                                                                     Boa leitura ..

                                                     Corretor ortográfico= @ewertonalves93




- Mostre-me general o seu real poder, ou da próxima vez quebro esse escudo – disse Abraão sério, caminhando lentamente na direção de Varyos.

- Se você quer vê-lo, então o verá. Vamos ver até onde você tem essa força bruta, seu moleque. Mas já afirmo; não há necessidade de haver essa luta. Guarde seu gênio forte para algo útil.

Abraão sequer ouviu o que disse Varyos e já foi para cima dele com tudo o que tinha. E a luta continuou com Abraão socando cada vez mais forte, golpeando-o rapidamente e com uma firmeza impressionante. A determinação de vencer estava clara em seus olhos negros e raivosos, mas Varyos usava sua velocidade para se desviar dos golpes.

Comparado a ele, Abraão se movimentava como uma criança, mas o peso de sua mão era como o de uma montanha, se o atingisse diretamente.
Então em um contragolpe Varyos resolveu atacá-lo com uma forte corrente elétrica à curta distância, que mandou Abraão para longe, destruindo toda sua camisa e queimando seu peito profundamente a ponto de ficar em carne-viva.

Mas o vento ficou ainda mais quente ao redor de Abraão, caído sobre a relva que balançava em perfeita coreografia em todo o campo, e as feridas de Abraão foram curadas imediatamente. Então o jovem se levantou com um leve sorriso e desapareceu, surgindo a frente do general e o socando tão fortemente que o escudo de energia se rompeu, arremessando-o para longe.

Então Varyos segurou firme sua espada, um pouco desorientado com o barulho que ouviu no impacto, e foi para cima de Abraão. Começaram a trocar violentos golpes e contragolpes com suas espadas. O general, muito habilidoso, o feria nos ombros, pernas e peito, mas rapidamente as feridas se regeneravam e seu dano era somado ao seu poder.
Assim, Abraão se tornava cada vez mais poderoso e forte fisicamente, mas perdia velocidade.
Quanto mais força, menos velocidade. E Varyos o atacava cada vez mais.

- Você é forte, eu admito. Não enfrento ninguém como você a anos, meu jovem – disse Varyos ao bruxo.

Abraão continuava a atacá-lo sem descansar, mas mesmo estando bem forte fisicamente não conseguia tocar nele. E com o excesso de golpes desferidos Abraão ficava cada vez mais irritado e cansado, enquanto Varyos se mantinha calmo e se desviava dos ataques. Então o general se afastou bastante dele, e em seu corpo começou a circular uma maior quantidade de energia.

- Eu vou te bater tanto, até que seu corpo não dê conta de se regenerar. Já estou cheio dessa brincadeira ridícula, moleque. Se torne um bruxo antes de desafiar um.

- Isso não vai acontecer – gritou Abraão irritado, distante do general.

Vendo o jovem, Varyos pensou consigo: – Que garoto excepcional! Vou ver até onde ele vai. Ele é forte e jovem. Se estudar mais um pouco de invocação e aprender a controlar seus poderes, que afinal são raros, ele pode vir a ser uma peça muito importante no Exército Real.

- Paladino, leve os cavalos para longe. Quanto a você, Abraão, venha logo! Dê tudo de si, garoto – disse o general sorridente, ato que irritava ainda mais Abraão.

- Ainda não te mostrei a minha última conjuração. Prepare-se general, pois você irá sucumbir nesse campo de batalha.

Então Abraão colocou calmamente sua espada na cintura, fechando as mãos e respirando fundo, começando a retirar energia de tudo ao seu redor. A grama verde começara a ficar seca em uma área de quinhentos metros quadrados. Era a energia retirada da força vital da natureza, e ia sendo absorvida rapidamente pelo seu corpo, até chegar ao ponto em que não havia mais espaço para tanto poder.

Com a respiração bem pesada, mas calma, ele não parava de absorver energia. Seus olhos começaram a ficar esverdeados, então ao olhar para a expressão de curiosidade de Varyos, despertou em seus lábios um pequeno e leve sorriso junto a um profundo suspiro.
Seu corpo tremia com tanto poder correndo através de suas veias, então ele olhou para Varyos e desapareceu, surgindo a poucos metros do general, onde ele não poderia escapar de seu poder devastador.

- "spiritus naturalis effusio" – disse Abraão batendo a palma de mão esquerda com toda a força na relva que agora estava seca, e de sua mão saiu uma poderosa energia esverdeada, que destruía tudo ao redor da área onde ele estava.

Uma cratera arredondada se formou no solo. Junto a ela uma enorme nuvem de poeira se expandiu, alimentada por grandes redemoinhos formados pela força do vento criado pela explosão.
Já esgotado, Abraão se levantou do meio da cratera, procurando os restos mortais do general.

Mas foi surpreendido por alguém que andava lentamente com sua espada em punho, em meio a poeira. Era Varyos caminhando tranquilamente e sem nenhum arranhão. Abraão estava se esforçando para manter-se de pé, com os olhos escancarados e fixos no general, que estava sério e com aqueles velhos olhos frios.
Ele também observou o pequeno sorriso do general, mostrando seus dentes claros junto ao um balanço negativo de sua cabeça.

- Como você escapou!? Isso e impossível! – exclamou Abraão afastando-se lentamente para trás e olhando para o general, que caminhava olhando em seus olhos – Diga algo! Como escapou? Diga! – disse ele novamente, tropeçando em suas próprias pernas, caindo de costas sobre o centro da cratera.

Então Varyos deu um sorriso de canto a canto, em pé sobre o jovem, estendendo-lhe mão. 


CARIELOnde histórias criam vida. Descubra agora