Não importa o que você decidiu. O que importa é que isso te faça feliz.
Corretor ortográfico @ewertonalves93
De repente um apito estranho ecoou. O exército yverynyano se afastava, formando uma linha. Havia restado menos de cinco mil guerreiros únificos, sendo imprensados pelo exército negro em direção à muralha, com o Rei yverynyano vindo à frente.- Eles não querem mais lutar... – disse Petrycos.
- Parece que vão nos queimar vivos. – Gerverom olhava ao redor e não encontrava nenhum dos bruxos que vieram com ele através do portal – Rei Parks, no deserto além das montanhas do leste há uma aldeia. De lá quinze mil bruxos morreram nesta maldita guerra. Peço encarecidamente que ajude os filhos dos que morreram para que eles também não pereçam no deserto. E também peço que não questionem o que irei fazer. – disse ele ao ver os inimigos se preparando para lançar fogo e vento sobre os cinco mil bruxos únificos, amedrontados ao olharem quarenta e sete mil yverynyanos à frente.
Yryo se deleitava com o pânico dos únicos, ao vê-los acuados como presas fáceis.
- Parks! Venha até mim, Rei Yryo, e pouparei estes insetos insignificantes. – intimou ele, rindo junto de seus generais.
Mas Gerverom caminhou à frente com os olhos fechados, e conjurou.
- Ventus et murum et murum!
- Matem aquele bruxo! – gritou Yryo, percebendo o que iria acontecer. Mas fora tarde demais.
Outro escudo surgiu da terra, mais denso e poderoso que o primeiro. Gerverom não podia realizar o mesmo feitiço em um intervalo tão curto, por isso teve toda sua energia vital drenada, e morrera imediatamente. O escudo não era indestrutível, pois quem o invocou não estava mais vivo.
- Ele... – disse Parks, assustado.
- Sim, pai. Ele está morto. – constatou Tberyos ao caminhar em direção ao escudo – Esse escudo não vai nos proteger por muito tempo, eles podem rompê-lo com algum esforço.
Milhares de guerreiros yverynyanos começaram a lançar fogo e vento em direção à barreira de energia, causando um grande clarão junto ao barulho ensurdecedor do rebater das chamas. Logo depois Cavalos e o Segundo General Elorys chegaram, invocando um monstro de pedra que emergia da terra com cerca de quatro metros de altura, completamente feito de lama ressecada, o que deixava sua face com diversas rachaduras. Qual era um bode com dois grandes chifres, arrastando um grande machado de pedra enquanto caminhava em meio às chamas de seu próprio exército. A besta golpeava insistentemente o escudo, que começava a trincar em várias partes. Tberyos respirava com cautela à frente, tentando pensar em algo quando fora surpreendido por Centurion.
- Deixe comigo. Venho treinando um poderoso feitiço há décadas. Creio que finalmente chegou o momento que tanto esperei. – disse ele observando o rosto incrédulo do príncipe únifico, que estava ligeiramente abatido.
Centurion quase tocara as mãos quando um forte vento surgiu à frente de todos.
- Não será necessário, Centurion... – ao ouvir aquela voz, o comandante ficou sem reação – Acalme-se, isso não te levara a lugar algum. Creio que dificilmente você teria poder o suficiente para salvar a todos e a si mesmo, afinal se tivesse já o teria feito.
- Anguriom! – exclamou Parks.
- Meu amigo, estás tão velho que não reconheces mais um velho amigo como eu?
- Claro que reconheço. – o rosto de Park ficou sério mais uma vez – E o reino de Abyzaham? – perguntou ele, preocupado.
- Majestade, o Rei fora assassinado. No lugar dele coroaram uma jovem rainha de nome Delvdorya, e já lhe adianto; não consegui um acordo, ela mal me recebeu. Mas meu Rei, eu lhe explico tudo em uma carta que já esta em seu gabinete. Mesmo com a idade que tenho, preciso fazer o que irei fazer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CARIEL
FantasyEm uma terra onde a desconfiança e a paz andam lado a lado, dois povos vivem separados por um único pacto, selando não só a boa nova entre homens e bruxos, mas também a prosperidade e a boa vontade de um Deus. A cada 500 longos anos este pacto tem d...