Capítulo Final - Uma Guerra Inevitável parte 12

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Se você quer um pedacinho do Paraíso, acredite em Deus.

Mas se você quer conquistar o mundo, acredite em você

porque Deus já te deu tudo o que você precisa

para você vencer.

Augusto Branco


Corretor ortográfico
@ewertonalves93 


- Rápido! Quero um ótimo flanco à minha esquerda. Escudos! – disse Yryo, vendo seus comandados concentrando-se à linha de frente ao observarem a cavalaria – Agora, as Lanças de Lyryo!

Todos os bruxos que compunham a linha de frente yverynyana retiraram um pequeno pedaço de madeira da cintura, e no momento em que conjuraram Lyryo, aquele pedaço transformara-se numa lança de longo alcance, projetando-se para fora dos escudos enquanto formava uma grande defesa.

- Cavalos! – gritou o Rei, um pouco apreensivo.

- Senhor, me chamaste?

- Vá até o Rei únifico, e lance seu maior feitiço contra ele e contra o restante daquele exército fracassado.

- Sim senhor, será uma maravilha!

Os bruxos negros se preparavam para um provável impacto por trás de seus escudos de energia, mas as lanças pontiagudas ficaram à frente, formando uma grande parede de espinhos, numa formação perfeita e bem organizada. Atrás dos escudeiros, os bruxos do fogo se preparavam para o ataque. A atenção e o medo eram cada vez maiores entre os yverynyanos, enquanto observavam o corcel negro de Boryel. O forte vento levara para longe a chuva e as nuvens carregadas quando o brilho do Sol chegara forte ao campo de batalha. O conselheiro real, à frente de seus bruxos, ignorava a formação perfeita executada pelo exército inimigo. Suas flâmulas ricocheteavam contra o vento, dançando como se estivessem em um ritmo controlado, mas Boryel se concentrava do outro lado da planície, em outro trecho da muralha, como se desejasse algo mais que a vitória.

- Bruxos! – Não irei incentivá-los com palavras, apenas olhem ao redor; sua cidade e seus amigos perecendo diante desses vermes do deserto... Eu vos convoco para destruí-los, para humilhá-los! Passaremos por cima deles, os pisotearemos um a um! – disse o velho general em uma explosão de fúria, e com a mesma intensidade e determinação seu exército de cavaleiros o respondeu – Atacar! – gritou Boryel.

- Atacar! – rugiu toda a cavalaria ao sacar suas espadas de dois gumes, partindo para o ataque.

O exército inimigo se preparou, mantendo a posição enquanto observavam a cavalaria únifica, marchando veloz em um barulho assustador. À linha de frente Boryel cavalgava com sua lâmina bem afiada, e seu corcel pisava fortemente a grama encharcada, indo de encontro às firmes lanças yverynyanas. Não demorou para que os cavaleiros únificos começassem a ser alvejados por bolas de fogo e ventos cortantes, cujos quais conseguiam derrubar alguns deles, mas os mais habilidosos – a grande maioria – se desviavam com destreza até se chocarem brutalmente contra os escudos, saltando sobre a linha de frente yverynyana. Alguns bruxos ficaram presos às lanças, e uma quantidade razoável de cavalos foi empalada, lançando seus cavaleiros ao meio dos inimigos. Mas as defesas foram rompidas e a tropa passou em peso, pisoteando os yverynyanos e atacando com espadas e com pesados golpes de machado, enquanto alguns lançavam fogo. Em questão de minutos todo o campo de batalha estava uma bagunça; os yverynyanos tentavam contra-atacar e se reagrupar de todas as formas, matando e sendo mortos no que parecia um impasse, até que outra trombeta ecoou ainda mais forte atrás dos bruxos do deserto, o que causou neles um grande medo e um desespero profundo. Eles não sabiam o que fazer, pois cinqüenta mil bruxos haviam surgido naquele instante, à direita da grande muralha, liderados por Lucios, um bruxo de longa barba fina e cabelos negros e amarrados. Era o filho primogênito de Centurion.

CARIELOnde histórias criam vida. Descubra agora