N/A: Olha eu de novo!
Mas pq se eu já apareci essa semana????
Booom. Hoje é um dia especial. É o dia da Alicia!!!! (E meu também né hehe =P ). Hoje, 9 de Setembro é o Dia do(a) Médico(a) Veterinário(a).
O capítulo fala disso. Bom, não.
Talvez eu tenha esquecido de me planejar pra esse dia? Talvez eu tenha.
Talvez eu só tenha lembrado desse dia quando o CRMV me mandou email de felicitações??? Hehe =P É bem possível.
Fato é que resolvi postar um capítulo hoje independente do conteúdo apenas para enaltecer esse dia dessa profissão (que eu amo) tão importante e gratificante.
Espero que gostem ;]
Quando Maia acordou o relógio marcava 14h25. Ela despertou quando Antonieta, a esposa de Giulio e quem tomava conta da casa como um tipo de governanta, bateu na porta do quarto questionando se a Senhorita Almeida, com ela ainda insistia em dizer, não iria almoçar. Maia pediu que ela mandasse alguém subir um prato para ela e que ela comeria ali mesmo no quarto. A amigável senhora de 60 anos com traços alemães lhe sorriu e disse que mandaria uma de suas filhas com o almoço para Maia.
O quarto tinha uma aparência antiga, como se ainda estivesse nos mesmos moldes de quando fora construído, mais de 200 anos antes. Havia a grande cama de casal com um dossel de 2,5 metros que ainda possuíam cortinas bem cuidadas e limpas. Num canto, em frente a cama, havia um imenso guarda-roupas de madeira maciça com quatro portas. Ao lado desse, logo embaixo de uma das duas amplas janelas, estava um baú, também de madeira que tinha um metro e meio de comprimento com 90 cm de altura, exatamente igual ao baú que se encontrava aos pés da cama.
Além disso havia uma mesa redonda com um metro e meio de diâmetro e duas cadeiras, também de madeira, logo em frente a segunda janela. E, para completar, uma penteadeira com três espelhos em meia lua ocupava a parede lateral oposta a porta. Era encantador e rústico e Maia se surpreendia com o quanto havia gostado da decoração e da disposição de todo o quarto. Claramente haviam sinais da modernidade, mas estavam muito bem harmonizados com a aparência do quarto.
Um pequeno ar condicionado sobre a penteadeira. Uma televisão de 39 polegadas colocada sobre um rack preto entre as janelas. Uma mesa de metal logo ao lado da porta com uma cadeira de escritório aparentemente confortável. Sobre a mesa havia um telefone fixo sem fio, os controles da televisão e do ar e também um pequeno roteador que garantia a qualidade do sinal wifi da casa dentro do aposento. Mesmo fora do alcance dos olhos no momento o banheiro também tinha uma designe mais moderno com cores claras no revestimento e decorações em mármore negro resultado de uma imensa reforma que Antônio Augustus mandara fazer em todo o casarão 15 anos atrás.
Após sair do banheiro usando um conjunto de moletom cinza Maia foi até a mesa em frente a janela. Não demorou mais de dois minutos para Amanda, a filha mais velha de Antonieta e Giulio, entrar acompanhada de Maria com o almoço dela. Maria era uma senhora de 51 anos que morava em uma das 3 casas anexas ao casarão. Era casada com Teodoro, um senhor de 57 anos que cuidava da maior parte da manutenção da casa. Amanda era a mais velha dos 3 filhos de Giulio, tinha 36 anos e uma filha de 15. Maia estava a dois dias no Rancho, mas já sabia de tudo isso.
Antes que Amanda pudesse sair ela pediu a mulher que mandasse alguém chamar o advogado de seu tio-avô, pois ela queria falar com ele urgentemente. Depois de ser corrigida por chamar Maia de Srta. Almeida, ela saiu prometendo que o advogado iria até lá o mais rápido possível. Maia comeu sua refeição, que estava deliciosa, em pouco tempo e, quando o advogado chegou, ela já havia terminado. Márcio, o advogado de 41 anos, entrou e foi direcionado a se sentar na outra cadeira em frente à mesa. Ele viu os pratos recolhidos na extremidade oposta do móvel e colocou sua pasta sobre um lugar logo a sua frente.
- Eu vou ser direita, Dr. Márcio – começou Maia com suas mãos entrelaçadas sobre a mesa, ela tinha as pernas colocadas para baixo do móvel e encarava o advogado com seus olhos verdes sérios e decididos – Esqueça a ideia do meu irmão de vender o Rancho, eu não vou me desfazer desse lugar. Mas pode preparar os papéis para a venda de metade dele. Minha intenção é comprar a parte de meu irmão da propriedade.
- A senhorita sabe que, mesmo metade do Rancho Aureus, vai custar um valor absurdamente grande, não sabe? – ele questionou seriamente.
- Tenho consciência de que será um imenso valor – ela afirmou se recostando à cadeira e deixando as mãos sobre suas pernas – Mas admito que não saberia precisar o valor exato.
- Eu serei direto com a senhorita – ele disse abrindo a pasta e pegando um documento que estendeu às mãos dela – Esse é o resultado da avaliação dos corretores contratados pela minha firma de advocacia na ocasião da entrada dos papéis do inventário. A estimativa é que o Rancho todo custe dois milhões de reais devido ao seu tamanho. O inventário ainda não foi finalizado, mas eu já lhe adianto que o preço total da venda das posses do Senhor Augustus vai estar por volta de três milhões e meio a quatro milhões de reais.
Maia encarou a advogado. Sabia que ele não estava mentindo a ela, mas era inteligente o bastante para reparar que ele estava omitindo informações. Provavelmente seu irmão havia pedido ao homem para tentar fazer com que ela acreditasse que não teria condições de comprar metade do rancho. Mas seu irmão não sabia de tudo o que ela possuía.
- Seu ponto é que eu precisaria ter dois milhões de reais se quisesse comprar a metade de meu irmão no Rancho. Estou interpretando corretamente? – ela questionou cruzando os braços e vendo o advogado ficar desconfortável.
- Não exatamente, Srta. Almeida – ele falou, não queria mentir a ela, mas também não acreditava que a moça realmente fosse conseguir cuidar de todo o Rancho – Mas eu diria com segurança que a senhorita precisaria de pelo menos um milhão e meio se quisesse ter como dar uma boa oferta pela parte de seu irmão da propriedade.
Maia sorriu e descruzou os braços, se inclinou ao advogado devolvendo os papéis com os valores do inventário.
- Senhor Marcio, eu me recordo de ter ouvido em nossa reunião ontem à noite que meu tio-avô, além do Rancho, possuía quatro propriedades na cidade – ela disse voltando a se sentar mais confortavelmente – Se bem me lembro são três casas alugadas e um terreno. O senhor disse-nos ontem, também, que ao final do inventário teríamos acesso ao que ainda costa de crédito nas duas contas bancárias de meu finado tio. Se bem me recordo o doutor nos disse que, ao final do pagamento de todas das dívidas e acertos com os funcionários e fornecedores, nós provavelmente teríamos em torno de 800 a 900 mil reais provenientes dos investimentos e outros negócios de meu tio. Ou talvez mais.
- Ainda assim não seria o suficiente para que a senhorita comprasse a metade de seu irmão – disse ele calmamente sabendo que, mesmo que eles vendessem todas as propriedades e pagassem tudo o que estava na relação de dívidas, o resultado disso não alcançaria 30% do valor do Rancho.
- Acelere o processo do inventário Doutor Márcio – disse ela com um sorriso – Tente ao máximo ter tudo pronto antes de sexta feira. No sábado quero saber o que me cabe em valores financeiros e o que cabe a meu irmão. Lhe garanto que no sábado terei uma proposta a Giovani.
O advogado ficou surpreso. Ela parecia confiante demais para que ele dissesse que era um blefe ou uma afirmação duvidosa. Sem ter alternativa além de concordar ele guardou suas coisas e se levantou. Se despediu de Maia e caminhou na direção da porta, mas se virou ao ouvir a voz dela o chamando.
- Senhor Márcio – ela disse calmamente, ainda sentada – Avise ao meu irmão para não me subestimar, pois ele não sabe tanto sobre a minha vida quanto parece achar saber.
Depois de ver o sorriso convencido dela o advogado se retirou ainda mais confuso do que antes, mas acreditando que poderia ter se enganado a respeito da moça. Márcio havia sido um bom amigo de Augustus e, naquele momento, estava vendo em Maia muito do olhar determinado que o falecido costumava ter em suas negociações. E aquilo realmente o deixou indeciso entre sua opinião a respeito da capacidade da garota.
PS: Pra quem lê Who You Are, amanhã tem capítulo novo. Bjs hehe ;]
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Argentum [EM REVISÃO]
RomanceAlicia Ferraz é uma simples veterinária, mas talvez não tão simples assim. Mora numa cidade pequena no interior do Rio Grande do Sul, deixou toda a vida que havia construído em Porto Alegre para voltar e cuidar dos pais. Quando o pai, também veterin...