Alicia saiu da sala de Monique muito pensativa e Maia notou aquilo, mas esperou que a namorada estivesse pronta para falar a respeito e viesse procura-la para isso. Isso só aconteceu quando elas estavam chegando ao Rancho na quinta a noite após voltarem da sessão de Maia com Bernardo. Elas haviam jantado numa cidade vizinha, chegaram perto das 22h30 da noite e o casarão já estava escuro e silencioso. Subiram para o quarto de Maia e ela se sentou na cama para descansar quando Alicia entrou no banheiro acreditando que elas revezariam o uso do mesmo como sempre.
Descobriu que a veterinária tinha planos diferentes quando a viu voltar ao quarto, usando apenas o top preto na parte superior de seu corpo, e se sentar ao seu lado começando a tirar as botas e depois a chamando para tomarem um banho de banheira. Ela conhecia Alicia e sabia que não haviam segundas intenções por trás da proposta, mas mesmo assim não entendeu os motivos dela, mas foi mesmo assim. No banheiro Alicia parou atrás de Maia e a ajudou a retirar a blusa e depois o sutiã, quando a mais nova começou a abrir o zíper de seu jeans sentiu a namorada abraça-la por trás.
- Está tudo bem? – Maia perguntou sentindo os braços quentes em volta de seu tronco nu e começando uma carícia leve nos antebraços da veterinária que estavam sobre seu estomago enquanto o rosto dela estava colocado entre seus cabelos próximo ao lado direito de seu pescoço.
A resposta foi um aceno afirmativo contra seus cabelos junto de um murmúrio em concordância. Alicia levou as mãos para a barra do jeans e Maia deixou que ela puxasse a peça para baixo junto de sua calcinha; Alicia se ajoelhou e a namorada apoiou uma mão em seu ombro para que ela afastasse a roupa dos tornozelos finos e brancos. A veterinária se ergueu deixando a mão esquerda percorrer as várias cicatrizes na perna esquerda de Maia e deixou um beijo no meio das costas dela antes de estar novamente em pé e ver a namorada se virar com o rosto ruborizado e a pele arrepiada. Maia sentia que algo estava acontecendo; enlaçou a cintura de Alicia com o braço direito e a puxou para perto. Os verdes encararam os castanhos que se fecharam quando as testas de ambas se encontraram e elas ficaram naquele abraço por alguns instantes.
As mãos de Alicia percorriam as costas, cintura e laterais do corpo da namorada enquanto que o braço esquerdo de Maia envolvia os ombros da veterinária e sua mão se encontrava na nuca da mesma fazendo um carinho discreto com as pontas dos dedos e unhas. Alicia juntou os lábios das duas num beijo casto; suas mãos agora na linha do quadril de Maia, mas os toques continuavam gentis e delicados.
- Você ganhou peso – observou a veterinária ainda de olhos fechados e trazendo suas palmas dos quadris para a cintura de Maia.
- É ruim? – a menor perguntou abrindo os olhos verdes e encarando o rosto pacífico da namorada que negou com a cabeça antes de falar.
- Nem um pouco – ela afirmou erguendo a mão direita pela lateral do corpo de Maia até o ombro e então ao braço, onde ela segurou e depois virou o rosto deixando pequenos beijos na pele clara sobre o bíceps – Significa que seus músculos estão ganhando força e ficando maiores.
- Devo ficar tranquila, pois não estou gorda então? – Maia tentou brincar, mas o tom de Alicia se manteve calmo e mais sério.
- Está cada dia mais linda – ela respondeu abrindo os castanhos, cor de mel, e se afastando apenas o bastante para ter espaço para retirar seus jeans e roupa íntima – Vem, a banheira já encheu – ela chamou e se inclinou sobre o espaço ao lado de Maia para desligar a torneira.
A água estava quente, não a ponto de queimar a pele sensível de Maia, mas no ponto exato para relaxar os músculos cansados de ambas e, principalmente, os da menor. A banheira era de porcelana, não tão antiga, havia sido instalada na última reforma do casarão e ocupava quase metade do espaço do banheiro reservado para o banho, cuja outra metade era ocupada pelo chuveiro. Alicia trouxe a namorada para perto de si. Maia se sentou de costas para a veterinária, entre as pernas dela, e logo sentiu as mãos da namorada em seus ombros apertando-os em uma massagem leve, mas relaxante.
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Argentum [EM REVISÃO]
RomanceAlicia Ferraz é uma simples veterinária, mas talvez não tão simples assim. Mora numa cidade pequena no interior do Rio Grande do Sul, deixou toda a vida que havia construído em Porto Alegre para voltar e cuidar dos pais. Quando o pai, também veterin...