Capítulo 112

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A continuação do dia delas passou por um passeio em um parque da cidade onde elas pararam em um banco para descansar e conversar por alguns minutos antes de irem para o próximo programa do dia. As duas foram ao cinema naquela tarde e depois do filme comeram um fast food qualquer na praça de alimentação do shopping antes de voltarem para o hotel perto das 18h da tarde. A expectativa era para a troca dos presentes que não deveriam ter sido comprados, mas foram. O quarto tinha uma pequena varanda separada por uma porta de vidro com uma cortina branca que cobria toda a extensão transparente para deixar o quarto escuro. No centro havia uma cama de casal enorme com quatro travesseiros revestidos em fronhas cinzas, lençóis brancos e um edredom de um azul quase preto. A decoração do cômodo todo estava entre cinza e branco, todas as paredes eram brancas exceto a que ficava atrás da cama que era pintada em um azul quase tão escuro quanto o edredom.

Elas entraram no quarto e Alicia se adiantou acendendo as luzes do pequeno corredor, havia uma pequena parte do quarto, separada a esquerda, onde ficava uma mesa com dois lugares de um lado da porta de vidro e duas pequenas poltronas do outro. O banheiro estava a direita e na parede de frente a porta dele ficava a cama. A veterinária acendeu também as luzes centrais do quarto e se virou para ver Maia caminhar para dentro do quarto com a chave da porta na mão esquerda e a bengala na direita.

- Certo, agora vamos para os presentes – Alicia se pronunciou sentando na beirada da cama e começando a tirar as botas.

- E depois era eu quem estava apressada com isso – Maia riu deixando a chave sobre o suporte no final do corredor e seguindo para se sentar ao lado da namorada e retirar também seus sapatos.

Alicia riu e, ainda de meias, se ajoelhou em frente a namorada para retirar os sapatos dela. Era algo quase costumeiro, uma atitude que Alicia fazia apenas por querer fazer e que Maia percebia que ela faria de qualquer forma, mesmo que não houvesse motivo nenhum para isso. Depois disso concordaram que a veterinária entregaria seu presente primeiro e por isso ela se levantou e foi até o pequeno guarda-roupas ao lado da porta do banheiro onde as bagagens delas estavam buscando uma pequena caixinha verde de dentro de sua bolsa e voltando para a cama.

- Bom, não é nada muito grande nem nada – ela começou se sentando de frente para Maia que estava sentada na cabeceira da cama com as costas apoiadas em dois travesseiros perto da borda direita – E eu sei que você também não tem costume de usar muitas joias e tudo isso, mas eu realmente queria alguma coisa mais significativa. Eu definitivamente não gastei nisso tanto quanto você deve ter gastado nas nossas correntes – ela brincou e as duas riram mantendo os sorrisos enquanto Alicia continuava a se explicar ainda sem abrir a caixa – Então, eu pensei em algo que vai ser seu, mas vai representar coisas importantes nas nossas vidas. Porque eu sei que existe uma infinidade de coisas que queremos e vamos fazer juntas e eu achei que seria bom ter uma forma física de nos recordarmos disso. Então – Alicia abriu a pequena caixa e puxou de dentro dela uma pulseira com um minúsculo pingente já endurado – Vamos acrescentando os pingentes aos poucos – ela disse colocando a joia sobre a palma de sua mão para mostrar a namorada – E eu escolhi já colocar esse pingente de um cavalo por conta de algo que você disse quando me convenceu a assinar aqueles papéis sobre Argentum. É a primeira coisa que dividimos entre nós duas oficialmente ou legalmente, por isso escolhi ele.

Ao final Maia sorria bobamente enquanto Alicia tinha o rosto levemente corado. Claramente não era uma joia cara, eram semi-joias apenas banhadas a ouro, mas o que importava era o significado do presente e Maia simplesmente não acreditava que tinha em sua vida uma mulher tão delicadamente atenciosa e cuidadosa quanto Alicia. Os olhos verdes estavam brilhando quando ela aceitou esticar o braço esquerdo sobre a palma da mão da namorada que colocou em volta de seu pulso a pulseira que tinham anéis pequenos e delicados e o minúsculo pingente que não deveria ter nem dois centímetros. Depois de ambas admirarem o pulso dela, Maia ergueu a mão direita agarrando a parte de trás da nuca da namorada e puxando-a para um beijo apaixonado.

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