N/A: Um presentinho pra quem vai fazer Enem amanhã (como eu) kkkkk
Bjs
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Quando a porta finalmente se fechou elas se encararam. Maia se aproximou erguendo a mão até o ombro da veterinária, movimento que fez Alicia paralisar até ela perceber que a mais nova apenas estava reparando em seu ferimento.
- Você está sangrando de novo – disse Maia num tom baixo e arrependido, como se sentisse que era culpada pelo que havia acontecido.
- Não é nada demais – assegurou Alicia colocando a mão direita da menor entre as suas – Você está realmente bem? Porque nesse momento estou repensando seriamente em mudar meus planos e ficar aqui. É seu irmão, mas depois do que vi hoje eu não confio na sua segurança com ele por perto.
O sorriso discreto que surgiu no rosto de Maia não fazia jus a alegria que percorreu seu corpo com a preocupação de Alicia, mas ela controlou suas expressões. Apenas levou sua outra mão colocando-a sobre as mãos quentes que envolviam sua mão direita e sorriu um pouco mais largo passando confiança para o que diria.
- Vou ficar bem, não pretendo sair do meu quarto hoje, farei as últimas refeições do dia aqui – disse ela acariciando com o polegar o dorso da mão de Alicia – Vou conversar com Antonieta quando ela vier levar as louças do chá. Manterei a porta trancada, mesmo que duvide que meu irmão tenha coragem de voltar a falar comigo hoje. Amanhã trataremos por intermédio de um advogado, o qual vou contatar ainda hoje informando sobre o que ocorreu agora a pouco. Garanto-lhe que não precisa se preocupar com minha segurança, muito menos mudar seus planos. Mas pode falar comigo quando chegar em casa para que eu lhe confirme que tudo continua bem aqui – disse ela encarando as mãos das duas juntas o tempo todo, até parar de falar e erguer o olhar encarando os castanhos claros da veterinária que estavam um tanto mais escuros naquele momento por estarem longe da luz que entrava pela janela.
- Prometa-me que não vai ficar sozinha com ele? – pediu a veterinária sem conseguir controlar seu sentimento de proteção um tanto exagerada em alguns casos, mas completamente compreensível naquele momento.
- Prometo – assegurou Maia com mais um sorriso – Obrigada por me defender. Nunca havia visto Giovani naquele estado. Não pretendo mais ficar sozinha com ele, não sabendo que provocarei sua ira mais vezes ao não aceitar suas ordens.
- Certo – concordou Alicia com um movimento da cabeça acompanhando a palavra, mas internamente ela ainda se debatia entre ir e ficar.
- Vá tranquila – murmurou Maia se aproximando da maior enquanto soltava suas mãos das dela para envolver a cintura de Alicia com seus braços e pousar a cabeça no centro do peito da veterinária – Obrigada por tudo. Eu não tenho como lhe agradecer devidamente.
-Tem sim – sussurrou Alicia com um suspiro cansado e ao mesmo tempo aliviado, todo seu corpo se acalmando ao sentir o corpo pequeno de Maia se aconchegar ao seu – Já o está fazendo. Apenas fique bem – disse ela devolvendo o abraço e acariciando os cabelos claros com uma das mãos.
Demoraram vários minutos antes de se soltarem, ainda se encararam por vários instantes após isso. Alicia soltou mais um suspiro antes de se aproximar deixando um beijo na testa de Maia como despedida. Com o coração apertado ela se despediu e pegou suas coisas para ir para casa. Antes de sair, no entanto, passou na cozinha dizendo a Antonieta para manter um olho em Giovani pois aquele homem estava descontrolado com a irmã mais nova dando ordens acima dele. A velha senhora disse que garantiria que ele deixasse Maia em paz até o momento de terem que se encontrar com o advogado.
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Argentum [EM REVISÃO]
RomanceAlicia Ferraz é uma simples veterinária, mas talvez não tão simples assim. Mora numa cidade pequena no interior do Rio Grande do Sul, deixou toda a vida que havia construído em Porto Alegre para voltar e cuidar dos pais. Quando o pai, também veterin...