Capítulo 115

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O leilão ocorreria em um parque de exposições de uma cidade próxima da divisa com o Uruguai. Maia fez a reserva num hotel para o sábado já que o evento aconteceria na noite desse dia, um quarto para ela e Alicia e outro para Carlos que as levaria, já na sexta ela fez uma reserva para Eduardo que iria para a cidade acompanhando os 4 animais que ela iria apresentar no leilão, dois que ela colocaria a venda e Lua com Argentum que seriam apenas mostrados para todos. Enquanto Maia cuidava do envio dos animais, com Carlos e Eduardo, Alicia arrastava Talitha para uma cidade vizinha em busca de acharem uma roupa que a veterinária achasse apresentável para que ela acompanhasse a namorada no leilão.

Na manhã de sábado Maia chegou na clínica para buscar Alicia para a viagem. Carlos dirigia o novo carro do Rancho; uma Ford Ranger Raptor preta que estava sendo lançada naquele mês no país e que, dessa vez, tinha o emblema do Rancho Aureus nas duas portas dianteiras. Alicia saiu com um uma pequena mala de mão que Carlos pegou e guardou na caçamba traseira da caminhonete enquanto a veterinária se sentava no banco de trás junto de Maia que a recebeu com um selinho antes do rapaz voltar para sua posição de motorista. A viagem durou menos de duas horas e os três estavam no hotel antes do almoço.

Carlos as deixou com o carro depois de deixar suas coisas no quarto que iria dividir com Eduardo e foi para o local onde os animais estavam sendo mantidos para ver como estavam as coisas. Maia insistiu que ele levasse o veículo, mas ele negou dizendo que o lugar ficava a menos de 15 minutos, mas não conseguiu negar o dinheiro que ela lhe entregou para que ele fosse e voltasse com algum taxi ou uber. As duas almoçaram no restaurante do hotel mesmo que era muito bom e subiram para o quarto que dividiriam até o dia seguinte. Depois de descansarem algumas horas as duas foram para o parque de exposições também pois Maia queria checar Lua e Argentum.

O lugar estava cheio de peões e tratadores que ficaram muito surpresos ao verem as duas mulheres. Alicia estava com um jeans, cinto e botas pretos e uma camisa polo azul com gola; Maia também usava jeans e uma bota de cano baixo, uma blusa de gola alta e mangas compridas verde clara e sem estampas. Seu caminhar era lento, mas firme e com a ajuda da bengala e de Alicia ela não estava muito preocupada com o caminho que precisaria percorrer. Chegaram as baias e encontraram Eduardo terminando de trocar a água dos bebedouros de Lua e Argentum. O rapaz sorriu para a patroa e a veterinária e as duas entraram na baia onde os dois animais estavam.

Como sempre Lua se aproximou para recebê-las e ganhar afagos; ainda um pouco desconfiado Argentum seguiu o exemplo da mãe e veio cheirar as roupas e mãos das duas. A cabeça dele já era tão alta quanto a cernelha da mãe e Alicia havia comentado que acreditava que ele fosse ser ainda maior que Lua quando atingisse o tamanho adulto. Depois de conferirem os outros dois animais elas encontraram com Carlos que tinha ido checar a alimentação dos cavalos. Maia ainda conferiu se Eduardo estava bem e tinha almoçado e depois os três voltaram para o hotel para se arrumarem e deixaram o rapaz para cuidar dos animais.

Depois das duas tomarem seus banhos Maia foi se arrumar no banheiro e Alicia no quarto mesmo. Pela primeira vez em anos Maia iria usar um salto, era uma bota cano baixo preta com um salto grosso com quase o dobro do tamanho do que ela estava acostumada. Como a noite estaria um pouco fresca ela também usaria uma meia calça também preta e o vestido que era azul marinho, de mangas longas, gola alta, mas com uma abertura na parte superior das costas que ela manteria coberta com um xale de seda preto que ela jogou sobre os ombros e deixou cair por seus braços. No cabelo ela fez uma trança lateral e o deixou sobre o ombro esquerdo, tomou um cuidado em destacar os olhos com rímel e lápis e na última hora decidiu por um batom marrom um pouco mais escuro.

Ao sair do banheiro ela encontrou Alicia em uma calça social vinho com uma camisa de seda verde musgo com alguns botões abertos deixando as clavículas dela a mostra e um sapato de salto preto. A maquiagem era mais simples do que a dela, mas a veterinária tinha os olhos destacados com rímel e nos lábios um batom vinho que combinava com a calça. Na mão esquerda ela segurava um blazer preto enquanto terminava de abotoar a manga da camisa no pulso esquerdo. Quando os olhos das duas se encontraram ambas sorriram admiradas e Maia usou a bengala para se aproximar da namorada que soltou o blazer sobre a cama para recebe-la com as mãos indo para a cintura do vestido azul que chegava quase ao final das pernas.

Argentum [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora