27 - We were in Bagnone.

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No capítulo anterior...

"— Podemos passar por lá.  Scott respondeu e eu comemorei mas estava muito ansiosa.

Agora...

Ao chegarmos no tal vilarejo, vi que não era o que pensávamos... Ele era bem povoado em comparação com o que procurávamos.

— Esse era o vilarejo vazio, Isaac?! — Scott perguntou indignado com o que ele considerava vazio.

— É o mais vazio que eu conheço aqui. — Isaac respondeu e deu de ombros enquanto se encostava no carro.

— Não é esse. — eu disse e cruzei os braços, frustrada. — Podemos tentar descobrir outro?

— Hey! — Pietro gritou do carro dele que estava estacionado logo atrás do carro de Isaac. — O que estão procurando?

— Sabe de algum vilarejo que já foi povoado mas agora ninguém vai lá mais? — eu perguntei chegando perto dele.

— Está falando do Vilarejo Bagnone? — ele perguntou e eu sorri confirmando na esperança de que ele soubesse onde era. — Já ouvi histórias mas não sei onde fica.

— Que tipo de histórias? — eu perguntei. Eu sei que eu sou curiosa.

— Vamos parar para tomar um café descente e eu te conto. — ele disse e eu concordei voltando para o carro para contar ao Scott e ao Isaac.

— Então eu vou escolher. — Isaac respondeu sorrindo. Ele foi guiando o carro e paramos em uma padaria. Escolhemos uma mesa para que todos pudessem se sentar juntos e fizemos os pedidos.

— Pietro, me conta o que sabe. — pedi e ele começou contar.

— Eu nunca fui lá, mas minha avó contava sobre boatos de que pouquíssimas pessoas moravam naquele vilarejo, em sua totalidade, sobrenaturais. Com o tempo, as condições de vida foram ficando difíceis, ao ponto das famílias decidirem sair de lá. Uma família resistiu pois alegavam que não deixariam sua terra natal e então, o pior aconteceu, eles foram atacados por caçadores. Uns dizem que eles conseguiram fugir, mas a grande maioria de quem conta a história, diz que a noite do ataque foi um massacre e ninguém sobreviveu para confirmar o que realmente aconteceu. Desde então, alguns corajosos seres sobrenaturais se arriscam passar por lá, apenas para cortar caminho para o vilarejo vizinho, que diferentemente do mesmo, é repleto de vida. — Pietro contou, terminou no exato momento que nossos pedidos chegaram.

— Então é para lá que nós vamos. — eu disse e Luca se engasgou com o suco que ele havia acabado de dar a primeira golada.

— Para lá onde? Bagnone? — Luca perguntou assustado.

— Por enquanto não, para o vilarejo vizinho. — eu respondi e comecei comer.

O café da manhã foi tão silencioso que cheguei a pensar que cada um estivesse armando um plano para sair a salvo da Itália e depois todos contariam de uma vez, mas eu estava errada... Scott se pronunciou.

— O que acha que encontrará no vilarejo? — perguntou me olhando.

— Eu não sei, não faço ideia. — suspirei frustrada. — Na verdade, a única coisa que me faz continuar querer indo até lá, é o sentimento que isso me traz.

— Que sentimento? — Enzo, que não era de falar muito, interviu na conversa.

— Como se eu tivesse que ir até lá. Como se eu tivesse que descobrir o porquê de tudo isso. — eu respondi. Enzo ficou um tempo me olhando até que viu que Scott também o olhava e voltou a comer. Quando estávamos prontos para ir embora, Lydia parou. 

— O que foi Lydia? — Stiles perguntou fazendo-nos parar.

— Nós não podemos ir durante a noite... Precisa ser agora. — ela respondeu apressada. — Agora! — ela disse firme e foi até o carro.

— Mas não sabemos como chegar. — eu argumentei indo até ela.

— Primeiro devemos pedir informações no tal vilarejo vizinho e depois vamos até lá. — Lydia respondeu e entrou no carro colocando o cinto logo em seguida.

— Vamos pessoal. — Scott viu que Lydia estava sentindo algo e apressou a todos, que rapidamente entraram nos carros.

— Podemos ir um pouco mais rápido que o ritmo que estávamos antes? — eu perguntei e Isaac concordou. 

Chegamos no tal vilarejo quase que em trinta minutos. Eu, apressada por informações, desci rapidamente do carro e parei uma senhora que passava com uma cesta de frutas.

— Bom dia senhora, como vai? A senhora pode me dar uma informação? — eu tentei ser o mais educada que pude .

— Bom dia querida, o que deseja saber? — a senhora super simpática respondeu.

— A senhora sabe onde fica o vilarejo Bagnone? — eu perguntei e ela se assustou.

— O vilarejo abandonado? — ela perguntou e eu confirmei. — é muito difícil alguém pedir informações para chegar lá.

— É que estamos fazendo uma pesquisa para um trabalho de história na escola. — eu inventei e olhei para Scott para saber se havia sido convincente. O mesmo logo concordou tentando segurar a risada.

— Ah claro meus jovens, a educação em primeiro lugar. — ela disse e eu sorri. — sabe, na sua idade eu costumava ir para este mesmo vilarejo já que eu era apaixonada por um mocinho de lá. — ela contou travessa. — mas infelizmente ele não sobreviveu a um atentado. — ela disse triste e logo se animou. — siga sempre nesta rua. Quando o movimento de pessoas cessar, vocês estarão em Bagnone. 

— Muito obrigada. E sinto muito pelo namorado da senhora. — eu disse e sorri para ela, que sorriu de volta e seguiu sua rotina. — Vamos? — eu corri para o carro e continuamos, infelizmente em velocidade reduzida devida o intenso movimento de pessoas, em direção à Bagnone.

Ao chegar, vi o péssimo estado em que as casas se encontravam mas mesmo assim era lindo de andar ali, a sensação de estar presente naquele local me era muito familiar... Como se eu estivesse em casa, mas como poderia ter tal sentimento já que nunca havia posto um pé na Itália? Era incrível pensar na possibilidade de que um dia, esse local já foi habitado... Mas infelizmente as dificuldades foram maiores do que tudo aqui.

— Como se sente agora que está em Bagnone? — Scott perguntou e sorriu.

— Sinto que... Que eu estou em casa. Estranhamente, em casa. — eu respondi e o sorriso dele se desfez dando lugar a uma feição confusa. — Lydia, sabe para onde devemos ir?

— Para lá. — apontou para uma casa que não estava nem tão alta e nem tão baixa.

— Então vamos. — caminhei até lá com os passos apressados e quando estávamos nos aproximando, Lydia correu na nossa frente e tentou entrar na casa mas algo a atingiu fazendo com que ela batesse a cabeça e caísse desacordada.

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