41 - Beacon Hills Memorial Hospital.

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No capítulo anterior...

" Eu não posso perder ela, mãe... Vem para a clínica do Deaton e traz tudo o que for necessário para cuidar de alguém com cortes na parte superior do corpo." — Foi a última coisa que ouvi Scott dizer antes que meus sentidos se esvaíssem do meu corpo. " 

Agora...

Não sei quanto tempo se passou desde que eu parei de acompanhar tudo o que se passava ao meu redor mas quando pude abrir os olhos, não foi como em livros e filmes onde o quarto é branco e se ouve os sons do aparelho, eu estava em um quarto iluminado por um abajur... Não reconheci o local mas reconheci Scott dormindo sentado em uma poltrona em frente o lugar em que eu estava deitada, que agora que reparei, era uma maca. Não tive coragem de acordá-lo mas também não consegui dormir, ouvi passos se aproximando e, se fosse algo preocupante Scott não estaria dormindo, então esperei a chegada da pessoa.

— Ainda bem que acordou, Scott vai criar teias ali. — Melissa sussurrou sorrindo ao chegar perto de mim, creio que ela também não queria acordá-lo.

— Há quanto tempo ele está ali? — eu perguntei também sussurrando.

— Quatro dias e cinco horas. — ela respondeu e eu me assustei pois eu esperava que ela dissesse menos tempo.

— E então quanto tempo eu estou aqui? 

— Uma semana. Eu só venho aqui para não deixar que o ferimento seja infeccionado, Deaton que cuida mesmo de você. — ela deu de ombros e vi que Scott começou se levantar. — Bom dia? — eu perguntei sorrindo. — Que horas são?

— Eu não acredito! — Scott exclamou e correu para perto de mim sorrindo. — Quando você acordou?

— Há dez minutos? — eu perguntei para Melissa e ela confirmou. — dez minutos. — repeti para Scott.

— Eu não sei se você está realmente bem ou se está tentando não me deixar nervoso como fez até o momento que chegamos aqui. — Scott me olhou sério.

— Eu estou tentando não deixar vocês dois nervosos porque ainda dói. — eu comentei me referindo ao que Deucalion havia feito.

— Por que ela ainda não se curou? — Scott perguntou para a mãe dele.

— Não sei, Deaton está chegando. — Melissa respondeu e começou a tratar dos ferimentos que ainda estavam abertos, mas não como no dia que Deucalion me deu o prazer de sentir as garras furarem meu tronco, ainda necessitavam de cuidado.

— Onde estamos? — eu perguntei e Melissa sorriu.

— Presumo que tenha tantas questões para fazer...  Nós estamos em um quarto do hospital que não é usado há muito tempo, não podemos tratar um lobisomem nos quartos sem que a polícia queira saber do caso. — Melissa respondeu.

— Aqui é bem arrumado para um quarto abandonado. — eu olhei em volta.

— Lydia, Hayden, Stiles, Mason e Corey vieram limpar aqui para que você ficasse confortável. — Scott também olhou em volta.

— E você, onde estava? — eu perguntei sorrindo mas ele continuou sério.

— No primeiro dia, trancado no quarto. — Melissa respondeu e eu ri.

— No restante dos dias eu fui obrigado a ir para a escola. — Scott disse e olhou para mãe.

— Fez bem, Melissa. — eu sorri.

— Obrigada. — Melissa respondeu olhando para Scott e se voltou para mim. — Não dói mais?

— Na verdade dói mas estou me obrigando em me concentrar na conversa para não lembrar disso aí. — eu respondi e sorri fraco. 

— Para sua felicidade, acabei aqui. — Melissa enfaixou tudo e eu tentei sentar mas parece que seria impossível por enquanto. — Preciso voltar para o serviço. — ela deu um beijo em Scott e saiu apressada.

— Está confortável? — Scott perguntou e se aproximou de mim.

— Eu detesto ficar muito tempo deitada. — o olhei e vi que se fosse por ele, eu não estaria nunca nessa situação.

— Eu não sei como agradecer por ter feito isso por mim. — Scott se referiu ao dia da briga.

— E quem disse que foi por você?! — Eu perguntei e ele parecia sem reação.

— Foi por mim, já pensou... Morrer e não poder mais ver você com os olhos vermelhos?! — eu disse e revirei os olhos vendo que ele sorriu.

— Você não existe. — ele riu e se aproximou de mim me dando um beijo.

— Bom dia crianças. — Deaton disse entrando no quarto.

— Bom dia, Deaton. — eu e Scott respondemos juntos.

— Como se sente hoje? — Deaton me perguntou.

— Melhor que ontem, agora que estou acordada. — eu respondi e sorri.

— Sim, mas não se esforce. — ele respondeu.

— Então Deaton, o que me diz? — Scott perguntou misterioso demais para Deaton.

— Eu não sei se é uma boa ideia Scott.

— É uma ótima ideia, Deaton... Ela se cura sim mas com isso será bem mais rápido. — Scott comentava, parecia começar a ficar nervoso.

— Eu não posso arriscar, não sabemos como ela reagiria.

— E não saberemos se não tentar.

— E não saberemos se isso não a curará e sim matará ela. — Deaton disse firme e Scott parou.

— Eu não posso vê-la deitada aqui por minha culpa. — ele dizia já triste.

— Hey, a culpa não foi sua. — eu peguei na mão dele. — eu quis fazer isso e não me arrependo. — Scott estava se culpando por algo que eu fiz e que surgiu por minha causa. — aliás, se Deucalion voltar e tentar te matar eu entro na frente novamente. — eu sorri e ele não parecia convencido.

— Deaton, por que o processo de cura dela está tão lento? — Scott perguntou assim que conseguiu pensar em outra coisa a não ser os arranhões profundos em meu corpo.

— Ela teve sorte de não ter atingido nenhum órgão vital mas a respiração dela, em constante movimento não deixa o tórax em total repouso e isso pode ser algo que dificulte a rápida cicatrização. — Deaton explicou. — O fato de ter sido marcas de um alfa explicaria se ela fosse um beta ou um ômega mas não sendo alfa.

— Na verdade explica, eu senti que foi mais profundo do que imaginamos, Deucalion não queria somente ferir Scott, ele queria matá-lo. — eu comentei relembrando a cena. 

— O que você sentiu no momento em que ele te acertou? — Deaton perguntou se sentando em um banco ao lado da maca que eu estava.

— No momento que as garras dele acertaram meu corpo não senti absolutamente nada só quando tudo girou e os cortes começaram a queimar foi que notei o que havia acontecido. — eu respondi.

— Isso são relatos de lobisomens infectados com acônito. — Deaton disse surpreso.

— E depois algo me fazia engasgar como se tivesse com água na boca. — eu continuei.

— Era sangue. — Scott disse quase inaudível para um ser humano.

— Eu acho que Deucalion estava com acônito nas garras. — Deaton comentou se levantando.

— Eu sabia que ele queria matar Scott. — eu comentei. — eu preciso encontrá-lo e saber o por quê de tanto ódio.

— Não saberemos. — Scott disse olhando para o chão.

— Por quê? É só perguntar... — eu respondi simples.

— Porque Deucalion está morto.

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